O objetivo do Ministério da Defesa é aumentar o número de militares nas Forças Armadas, incluindo mulheres. Para isso, uma das medidas propostas passa pela criação, até 2021, de creches nas unidades militares.
O Ministério da Defesa está a ponderar incluir no conjunto de medidas do Plano Setorial para a Igualdade da Defesa Nacional (2019-2021) a criação de creches e jardins de infância em unidades militares, serviços centrais e ramos das Forças Armadas.
Segundo a edição desta quarta-feira do jornal Público, o objetivo é aumentar o número de militares nas Forças Armadas, incluindo mulheres.
O gabinete de João Gomes Cravinho explicou ao diário que “os organismos envolvidos estão a avaliar como a irão implementar” esta normal, que tem “subjacente a ideia de criação de espaços de apoio à infância que contribuam para a conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar”.
No documento que contem as propostas do ministro para o plano rumo à igualdade no setor consta a criação de “creches e jardins de infância, serviços de apoio à monoparentalidade, salas de estar equipadas com entretenimento para crianças, ocupação de tempos livres, entre outros”.
De acordo com os números facultados pelo Governo, há 20% de mulheres no total de militares, civis e militarizados das Forças Armadas, havendo uma maior discrepância entre pessoal militares do que entre o pessoal civil. Enquanto que entre os civis há 58% de mulheres e 42% de homens, no plano militar a percentagem de mulheres cai para 12%.
Além desta, o Plano Setorial para a Igualdade da Defesa Nacional inclui mais 29 medidas, propondo-se, por exemplo, a criação da figura de Gender Advisor no Estado-Maior-General das Forças Armadas e nos três ramos militares, ou a utilização de linguagem não discriminatória nos documentos oficiais.
No entanto, esta não é uma intenção nova do titular da pasta da Defesa. No passado dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, João Gomes Cravinho tocou neste mesmo assunto num encontro com militares.
“Sabemos que a vida militar tem especificidades e condicionantes, mas sabemos também que podemos ir bem mais longe do que tem sido feito até agora. Vamos também melhorar as infraestruturas de apoio à parentalidade, entre outras. Estas são questões que são particularmente valorizadas pelas mulheres, devido às tradições da nossa sociedade, mas elas são aqui pensadas para homens e mulheres de igual forma”, afirmou na altura.