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Reino Unido deixa cair pontes aéreas e prepara levantamento da quarentena para dezenas de países

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Neil Hall / EPA

O Reino Unido vai deixar cair o plano para a criação de pontes aéreas e prepara-se para substituir a medida pela isenção de quarentena para dezenas de países.

Dezenas de países vão ficar isentos de restrições de viagem e quarentena à entrada no Reino Unido a partir de segunda-feira, mas ainda é incerto se Portugal vai ser incluído, avançam esta quinta-feira os meios de comunicação britânicos.

O Daily Telegraph escreve que 75 países de risco baixo ou muito baixo vão ser abrangidos, enquanto o The Times sugere que a lista inclua até 95 países e que integre a quase totalidade da União Europeia, assim como Bermudas e Gibraltar, Turquia, Tailândia, Austrália e Nova Zelândia.

Isto significa que, a partir da próxima segunda-feira, os britânicos que viajarem para estes países já não terão de fazer uma quarentena de 14 dias no regresso ao Reino Unido.

Ambos os jornais mantêm a incerteza sobre a inclusão de Portugal devido aos surtos de pessoas infetadas com coronavírus identificados nas últimas semanas no país, nomeadamente nos arredores de Lisboa.

Na semana passada, o Governo britânico tinha indicado que iria selecionar um número limitado de “corredores” com alguns países, que seriam classificados de acordo com as cores dos semáforos para sinalizar os destinos com maior risco de infeção com covid-19. No entanto, alguns destes países mantêm restrições de viagem do seu lado, como a Grécia, que anunciou na segunda-feira que iria manter a obrigação de quarentena a pessoas que cheguem do Reino Unido até pelo menos 15 de julho.

Países de alto risco, como os Estados Unidos, Rússia Brasil, deverão ser classificados como vermelho pelo Governo britânico.

A quarentena obrigatória de duas semanas foi imposta a 8 de junho a todas as chegadas do estrangeiro ao Reino Unido para reduzir o risco de casos importados do estrangeiro e ajudar a evitar uma segunda onda do vírus.

Agora que o Governo britânico considera ter controlado a pandemia, iniciou um desconfinamento faseado e na segunda-feira, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, confirmou que o levantamento parcial da quarentena foi autorizado pelas autoridades sanitárias para países de risco reduzido.

A lista dos países terá como fatores não só a prevalência de coronavírus, mas sobretudo o número de novos casos e a trajetória potencial nas próximas semanas da doença no país, adiantou na altura.

O presidente executivo da agência de viagens Red Savannah, disse que a quarentena imposta a todas as chegadas do estrangeiro ao Reino unido desde o dia 8 de junho foi “inútil” e prejudicial para o setor do turismo. “Não foi feita uma avaliação regulatória ou económica, não foi feita consulta. O que fez na prática foi impedir o setor de, após quatro meses sem receitas, de se por de novo de pé”, criticou, em declarações à BBC esta manhã.

O Reino Unido registou até quarta-feira 43,906 mortes (em 313.483 casos de infeção) durante a pandemia, o maior número na Europa e o terceiro maior no mundo, atrás dos EUA e Brasil. Esta semana foi decretado um confinamento local em Leicester devido a um surto de casos de infeção naquela cidade de 350 mil habitantes no centro de Inglaterra.

ZAP // Lusa

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