/

Governo atribui cargos permanentes a adjuntos antes de sair

15

Miguel A. Lopes / Lusa

O lider do PSD, Pedro Passos Coelho, acompanhado pelo líder do CDS-PP, Paulo Portas (D), após o discurso da vitória nas eleições legislativas

Nas últimas semanas, enquanto o novo governo não toma posse, houve uma “dança de cadeiras” de adjuntos e de chefes de gabinete de ministros que foram deslocados para cargos de poder permanente.

A reportagem do programa “Sexta às 9“, exibida ontem à noite na RTP1, analisou as nomeações que foram publicadas em Diário da República desde que Cavaco Silva marcou a data das eleições legislativas e confirmou que o Governo ainda em funções exonerou vários chefes de gabinete e adjuntos, nomeando-os para altos cargos do Estado em comissões de serviço de três e quatro anos.

A investigação da estação pública apurou que “os casos mais flagrantes” ocorreram no Ministério da Segurança Social, liderado por Pedro Mota Soares, mas também se verificam casos nos gabinetes do primeiro-ministro e do vice-primeiro-ministro.

O programa dá, nomeadamente, o exemplo do diplomata Gilberto Jerónimo, ainda a exercer funções como chefe de gabinete de Passos Coelho, que foi promovido pelo próprio primeiro-ministro a Embaixador na UNESCO a 12 de Maio, um cargo que tinha sido suspenso durante a presente legislatura mas que foi reaberto para acolher esta nova nomeação.

Há também o caso do diplomata Marcelo Vaultier Mathias, ex-adjunto de Paulo Portas, que foi exonerado do cargo no passado 2 de Setembro para ser nomeado director de Serviços do Médio Oriente e do Magrebe.

No gabinete de Pedro Mota Soares, os jornalistas citam o exemplo da antiga adjunta do ministro, Joana Vallera, que foi retirada do cargo a 15 de Julho e, nesse mesmo dia, nomeada como Directora do Departamento de Gestão de Clientes do Instituto de Informática da Segurança Social, numa comissão de serviço de quatro anos.

Há ainda o caso de Gabriel de Osório Barros que foi chefe de gabinete do ministro da Segurança Social até às eleições e que foi depois nomeado para o cargo de Director do Instituto de Gestão Financeira do Ministério da Segurança Social, outro serviço para quatro anos.

O “Sexta às 9” fala também da situação do diplomata Mário Gomes que foi ex-adjunto do ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, e que foi retirado do cargo a 31 de Agosto e, no dia seguinte, nomeado Embaixador de Portugal na União para o Mediterrâneo.

Este cargo não tinha qualquer representante de Portugal a tempo inteiro, mas Mário Gomes vai desempenhar a função durante os próximos quatro anos.

ZAP

15 Comments

  1. Assim é que é!…
    Acautelar o futuro “dos portugueses”… Os outros que vierem se quiserem correr com eles, que os indemnizem….
    Os parolos que paguem!

  2. É Passos e Portas no seu melhor nível, compadrio e corrupção a fartazana. São os sociais democratas e os tais democratas cristãos, sao é um bando de FDP. Bandalhos.

  3. E com os job for the boys e as contas feitas pelas calculadoras do INE se vai reduzindo o desemprego em Portugal.
    Para PR bem podiam ser nomeados uns 3 logo de 1 vez – 1 para os dias pares outro para os ímpares e outro para os fins de semana, afinal o taxo é bom e quartos não faltam em belém.

  4. Na realidade o próximo governo só teria de demitir estes gajos nomeados à pressa pela escumalha, alegando incompetência por isso era justa causa e iam receber indemnizações à P.Q.Pariu Já quando foram corridos há uns anos atrás o Telmo Correia esteve até de madrugada a assinar nomeações e outros contratos que deveriam ter sido considerados ilegais pelo governo PS que se seguiu, mas como comem todos do mesmo tacho e quem paga sempre estes desaforos, são sempre os mesmos, então calaram-se que é para quando eles fizerem o mesmo, os outros que os substituírem não lhes fazerem o mesmo. Ebnfim estamos todos entregues à canalhada dos politiqueiros locais e aqueles que estão colocados lá fora na UE.

  5. A escumalha politica no seu melhor, mas pergunto eu, não haverá uma alminha que ponha estes jagunços na ordem? é que isto é gozar descaradamente com um povo que se sente impotente para fazer alguma coisa, isto é revoltante.

  6. Votassem no Agir, como eu. Com sorte, poderíamos ter uma assembleia de nus. Gente sem nada a esconder. Uma assembleia com políticas transparentes e sempre poderíamos gritar “os deputados vão nus!”

  7. Os cofres estão cheios. Com o fruto do suor dos Portugueses. Mas há três milhões no limiar da pobreza!.. Mas eles ganharam as eleições… (como é possível!..) . E eles continuam a gozar connosco e nós continuamos impávidos e serenos a ver esta palhaçada toda. Pergunto: ATÉ QUANDO SE TEMOS TUDO SINALIZADO? QUANDO É QUE VAMOS COMEÇAR A FAZER-LHES UMAS FESTINHAS NA CARA E DAR-LHES UNS PONTAPÉS NO RABO?
    CHEGA!… Vão gozar com a pata que os lambeu!..

  8. Mais do mesmo, venha quem vier, cabe-nos a nós cidadãos acabar com isto, porque insistimos em votar sempre nos mesmos, quando tem havido cada vez mais opções de escolha? Mude-se a constituição, isso sim é que era bem feito, acabar com o parlamento tal qual esta agora, relembro que há uns anos atrás foram gastos 4 milhões de euros em obras no parlamento e não houve nenhum partido com assento no dito que se tenha manifestado contra esse gasto, recolha-se os bons exemplos de países mais desenvolvidos, países nórdicos onde as mentalidades são diferentes e as mordomias passam por passes sociais para os ministros e deputados e motoristas para cada ministro contam-se pelos dedos de uma mão.
    Enfim, como já foi dito aqui ” Os políticos são a mentira, legitimada pela vontade do povo! ”
    ( Jose Saramago )

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.