João Relvas / Lusa
António Domingues, o novo presidente da Caixa Geral de Depósitos
Houve três administradores executivos da CGD que não renunciaram ao cargo juntamente com António Domingues. A liberdade para escolher a nova equipa pode ficar limitada, mas para demitir os gestores terão que ser pagas indemnizações. O ex-ministro Paulo Macedo já terá sido contactado para liderar a instituição.
A renúncia de António Domingues e outros seis administradores da Caixa Geral de Depósitos não dá direito a nenhuma compensação salarial e, de acordo com o Correio da Manhã, os gestores não querem invocar possíveis falhas contratuais. A equipa demissionária cumpre funções até o fim do ano, mas quem fica tem mandato até 2019.
A RTP avança que o Governo já contactou Paulo Macedo para substituir António Domingues como presidente da Caixa, enquanto o Jornal Económico acrescenta que se trata de uma sugestão do governador do Banco de Portugal.
No entanto, o facto de três administradores executivos da CGD – Tiago Ravara Marques, João Tudela Martins e Pedro Leitão – não terem apresentado demissão e pretenderem ficar pode pesar na decisão do novo presidente, em especial se este fizer questão de escolher a própria equipa, como fez António Domingues.
Os administradores que não se demitiram só podem sair se forem despedidos, o que implica indemnizações significativas.
A saída de António Domingues, que acumulava os cargos de presidente não executivo e presidente executivo – chairman e CEO – permitirá também dividir as funções, uma exigência do Banco Central Europeu. Rui Vilar, vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos e administrador não-executivo que não se demitiu com os restantes administradores do banco público, é o nome mais falado para este cargo de chairman, de acordo com a RTP.
Segundo fontes do Jornal Económico, Nuno Amado terá sido “convidado informalmente” mas não aceitou. Outro nome falado no mercado é o de José Félix Morgado, presidente do Montepio Geral.
António Costa só deverá anunciar o nome do novo presidente da Caixa depois de este estar aprovado pelo Mecanismo Único de Supervisão, ao contrário do que aconteceu depois da escolha de Domingues.
Até ao fim do ano a CGD estará em gestão corrente.
ZAP
Pagar?? A propósito de quê, já agora?
Segundo li foram estes senhores que se demitiram, além disso já vieram dizer que não reclamam nada do Estado… Lá está o pasquim CM a querer meter veneno e armar confusão.