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Governo apoia jovens nem-nem a criarem empresas com apoio directo de 12 a 14 mil euros

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O Governo quer incentivar os jovens que não trabalham nem estudam, conhecidos como “nem-nem”, a criarem o seu próprio emprego ou a voltarem à escola. Para isso, foi lançado o Programa Trajectos que prevê apoios directos de entre 12 mil a 14 mil euros para os que quiserem criar a sua própria empresa.

O Programa Trajectos, publicado em Diário da República, tem como objectivo promover o acesso a oportunidades de educação, formação, emprego ou empreendedorismo junto de jovens conhecidos como “nem-nem” ou “NEET”, ou seja, que não trabalham, não estudam, nem estão em formação.

Aqueles que não trabalham nem estudam podem recorrer a dois programas para regressar à escola ou avançar com projectos de empreendedorismo, com um apoio que varia entre os 12 e os 14 mil euros.

Este programa tem por base duas medidas, que respondem a necessidades de dois segmentos distintos dos jovens NEET.

Para quem terminou o 12.º ano, existe o “Empreende Já”, que pretende apoiar o auto-emprego através do empreendedorismo, desenvolvendo “competências e ideias de negócio com vista à constituição de empresas e postos de trabalho”, refere o despacho do Governo.

Esta medida terá duas fases de execução, entre desenvolvimento de competências e de projectos, com formação, tutoria e apoio técnico e, depois, a sustentabilidade de empresas.

Nesta última fase, “o empreendedor integrado terá direito a um apoio entre os 12 mil e os 14 mil euros”, sendo que as candidaturas deverão abrir em Setembro, segundo comunicado do Governo.

No caso dos jovens em contextos particularmente vulneráveis existe o projecto “Afirma-te já”, que pretende apoiar a promoção de projectos de intervenção local, “tendo em vista a remoção ou diminuição de obstáculos ao acesso à educação, à formação profissional e ao emprego digno”.

Neste caso, as candidaturas deverão arrancar até Maio.

O despacho publicado esta sexta-feira, 18 de Fevereiro, recorda que os jovens foram o grupo etário mais afectado pelo desemprego durante a pandemia de covid-19.

A pandemia provocou “um novo agravamento das taxas de desemprego jovem por toda a União Europeia (UE)”, o que “se traduziu também num aumento do número de jovens que não trabalham, não estudam, nem estão em formação”, lê-se no despacho.

De acordo com as estimativas mensais divulgadas pelo Eurostat, a taxa de desemprego dos jovens com menos de 25 anos subiu de 14,9 % em Março de 2020 para 17,1 % em Abril de 2021 na UE.

Em Portugal, o aumento foi “ainda mais pronunciado”, passando de 18,3 % para 24%.

O Programa Trajectos faz parte do Plano Nacional de Implementação de Uma Garantia Jovem, de apoio ao emprego da próxima geração.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Não trabalham, não estudam nem estão em formação mas comem, bebem, fumam, fazem sexo e saem à noite… Só dura até quando os pais quiserem.

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