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Governo admite aumento de 4 cêntimos na gasolina

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PSD / Flickr

O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva

O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva

O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, admitiu este sábado, em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, que no próximo ano haverá um aumento de 4,3 cêntimos na gasolina e 4 cêntimos no gasóleo, quando entrar em vigor a reforma da fiscalidade verde.

Depois da apresentação da fiscalidade verde, diploma que acompanha o Orçamento do Estado e a reforma do IRS, Jorge Moreira da Silva explicou que a taxa do carbono, prevista no pacote verde, implicava um aumento de 1,5 cêntimos por litro de combustível.

Para além dos 1,5 cêntimos correspondentes à taxa do carbono prevista na fiscalidade verde, Moreira da Silva fala num impacto de 2 cêntimos por via da contribuição rodoviária. Resta calcular o impacto do biodiesel.

Segundo as contas do ministro, o conjunto das medidas em cima da mesa – a fiscalidade verde, a contribuição rodoviária e as regras de incorporação de biodiesel – implica um aumento de 4,3 cêntimos na gasolina e de 4 cêntimos no gasóleo.

Os números foram rejeitados pela GALP, que aponta para aumentos de 5 cêntimos no gasóleo e quase 7 na gasolina.

Na passada segunda-feira, o presidente da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, criticou o Governo por estar a causar um “afastamento dos preços dos combustíveis face a Espanha”.

Preço da electricidade não vai cair antes de 2020

Noutro sector importante para empresas e particulares, o da energia elétrica, Moreira da Silva admite na mesma entrevista que «”até 2020 não se devem esperar descidas no preço”.

O ministro sublinha que em 2015 o défice tarifário será de 390 milhões de euros e em 2016 vai passar a superavit, de forma a reduzir a dívida associada ao défice, que no máximo será, em 2020, de mil milhões de euros e não de 6 mil milhões como estava previsto em 2011.

Moreira da Silva acrescenta que se não fosse o corte de 3,4 mil milhões de euros nas rendas excessivas, o aumento do preço “seria de 13 ou 14% ao ano” em vez dos 3,3% que vão atingir a maioria dos consumidores.

ZAP

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