A Google está a ser alvo de fortes críticas um pouco por todo o mundo por, supostamente, ter “apagado” a Palestina da sua plataforma de mapas.
Segundo um comunicado do Fórum de Jornalistas Palestinianos, uma organização com sede em Gaza, a Google decidiu eliminar o país do serviço de mapas devido a “um plano para estabelecer Israel como um Estado legítimo e abolir o nome da Palestina definitivamente“.
“Trata-se da mais recente de uma série de agressões contra o povo palestino. Acredito que deve ser exercida muita pressão sobre a Google para que devolva a Palestina ao mapa”, disse Moussa Shaer, membro da direção do Fórum.
O Estado da Palestina é composto por dois territórios descontínuos – Cisjordânia e Faixa de Gaza.
Atualmente, no Google Maps, apenas vemos uma linha tracejada que contorna a área que é considerada o território palestiniano.
A polémica começou há cinco meses, com uma petição que já conta com mais de 200 mil apoiantes, na qual é pedido à Google para incluir novamente a Palestina nos seus mapas, mas até hoje a empresa ainda não fez quaisquer alterações.
A alegada remoção do território provocou também uma onda de protestos nas redes sociais, com a hashtag #PalestineIsHere.
O Washington Post deixa, contudo, um alerta: o Google Maps não removeu a Palestina – o Estado nunca lá esteve.
De acordo com um comunicado oficial, que não menciona o caso específico de Israel e Palestina, a Google explicou que a informação dos seus mapas provém de diversas fontes.
“Os dados básicos são obtidos de uma combinação de fornecedores e fontes públicas. No geral, essa informação é muito completa e atualiza-se continuamente, mas a quantidade de dados varia de um lugar para outro”, destacou.
A sede da empresa Google é na Califórnia, nos EUA, um dos 57 países-membros da ONU que ainda não reconhecem o Estado da Palestina.
BZR, ZAP