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Glifosato encontrado em cereais de criança

O herbicida glifosato, que causou cancro a um jardineiro, foi encontrado em 43 dos 45 cereais à base de aveia e barras de snack numa amostra recolhida nos Estados Unidos.

O glifosato é um herbicida muito usado para matar ervas daninhas e esteve na origem do cancro terminal de Dewayne Johnson, o jardineiro que será indemnizado em 250 milhões de euros (290 milhões de dólares) pela Monsanto.

Agora, e segundo os testes da Environmental Working Group (EWG), uma organização de saúde pública norte-americana, sabe-se que o glifosato está mais presente na nossa dieta do que imaginávamos. Nos Estados Unidos, descobriu-se que muitos dos cereais para crianças e barras de snack vendidos contém níveis glifosato superiores ao permitido.

De acordo com a revista Sábado, a Environmental Working Group fez testes em 45 alimentos à base de aveia e apenas 2 não tinham glifosato. Além disso, mais de dois terços dos produtos analisados continham níveis preocupantes desta substância, muito superiores ao que esta organização considera seguro que as crianças consumam.

A Quaker Oats, Cheerios e Kellogg’s foram as marcas que apresentaram níveis mais altos destes químicos nos seus produtos. Ken Cook, presidente da EWG, mostrou-se muito surpreendido. “Eu cresci a comer Cheerios e Quaker Oats. Ninguém quer comer para pequeno-almoço uma substância que mata plantas, e ninguém deveria ter de o fazer.”

Muitos ambientalistas defendem que o glifosato, um herbicida comummente usado em muitas plantações dos Estados Unidos e no Reino Unido, causa cancro. Dewayne Johnoson, um jardineiro de 46 anos, foi diagnosticado com Linfoma não Hodgkin, cancro que teve na sua origem o contacto excessivo com este herbicida.

A Quaker respondeu e garantiu que os seus produtos são se qualidade e seguros. “A Quaker não usa glifosato em nenhuma parte por processo de moagem. O glifosato é normalmente usado pelos agricultores antes da colheita”, afirma um porta-voz.

“Quaisquer níveis de glifosato que fiquem são significativamente inferiores ao limite estipulado e bem dentro dos padrões de segurança definidos pela Agência de Proteção Ambiental e pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos para que os humanos possam consumi-los”, conclui.

ZAP //

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