Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan e da Mitsubishi e ex-CEO da Renault, processou as duas fabricantes de automóveis japonesas e reclama uma indemnização de 15 milhões de euros.
Carlos Ghosn instaurou à Nissan e à Mitsubishi um processo por o terem despedido sem justa causa, exigindo 15 milhões de euros de indemnização. Instaurado em Amsterdão, na Holanda, o processo está em apreciação para ser marcada a data do julgamento.
Segundo o advogado de Ghosn, Laurens de Graaf, em declarações a um jornal holandês, “na Holanda, quando uma empresa deseja despedir um executivo, primeiro tem de lhe dizer do que está a ser acusado e tem de apresentar provas dessa acusação. Curiosamente, nenhuma dessas duas situações aconteceram com a demissão de Carlos Ghson”, disse, citado pelo Auto+.
O ex-presidente da Nissan e da Mitsubishi tem estado a entrar e a sair da cadeia no Japão desde novembro, acusado de conduta financeira imprópria. Ghosn é acusado de se apropriar indevidamente de 9 milhões de dólares em salários. O empresário saiu da prisão em abril com uma caução de 4,5 milhões de dólares.
Apesar de ter cidadania francesa, libanesa e brasileira, o ex-CEO da Renault tem domicilio fiscal na Holanda desde 2012. Além disso, a holding que governa a Nissan e a Mitsubhsi também tem domicilio fiscal na Holanda.
Se for condenado, Carlos Ghosn pode enfrentar uma pena até 15 anos de prisão e uma multa de 1,4 milhões de dólares.