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Gestor nomeado pelo Governo para o Banco de Fomento suspeito de ajudar Vieira

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Tiago Petinga / Lusa

O nome escolhido pelo Governo para chairman do Banco de Fomento, Vítor Fernandes, pode estar em risco devido a alegadas ligações a Luís Filipe Vieira.

O Governo escolheu Vítor Fernandes para ser o chairman (presidente do Conselho de Administração) do Banco de Fomento. Agora, a sua nomeação pode estar em risco, uma vez que a investigação do Ministério Público no âmbito do processo Cartão Vermelho aponta ligações entre o bancário e Luís Filipe Vieira, avança o jornal Público.

O Ministério Público argumenta que os dois teriam uma relação privilegiada, tendo Vítor Fernandes alegadamente informado o presidente do Benfica acerca de vários negócios vantajosos, depois concretizados através de alegados testas de ferro.

O nome do ex-gestor do Novo Banco aparece várias vezes referido nos mandados de buscas da Operação Cartão Vermelho. Ainda assim, o Observador salienta que, até agora, Fernandes não é arguido nem lhe é imputado qualquer alegado ilícito criminal.

Ainda segundo o Público, Vítor Fernandes terá avisado Vieira de que o seu nome não poderia aparecer numa proposta de compra da dívida, já que tal impediria que o Fundo de Resolução, financiado com o dinheiro dos contribuintes, desse o aval à venda.

Na altura em que o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou a escolha de Vítor Fernandes, disse que “tem uma carreira inteira na banca” e, “aliás, a nomeação de titulares para os órgãos do Banco Português de Fomento está sujeita ao processo de verificação de idoneidade pelas autoridades de supervisão nacionais e europeias”.

Vítor Fernandes foi administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e foi ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao banco público, que decorreu em 2019 e analisou a gestão da CGD entre 2000 e 2015, período durante o qual o banco foi liderado por António Sousa (2000-2004), Carlos Santos Ferreira (2005-2008), Faria de Oliveira (2008-2010) e José de Matos (2011-2016).

Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica suspenso de funções, chegou ao Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) para ser presente este sábado ao primeiro interrogatório judicial, no âmbito do processo Cartão Vermelho.

Vieira e os outros três detidos no processo chegaram ao tribunal às 09h03, depois de pernoitarem pela terceira noite consecutiva nas instalações do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, em Moscavide.

O empresário, de 72 anos, será a última das quatro pessoas detidas a ser ouvida pelo juiz Carlos Alexandre, antes da aplicação das medidas de coação, que só deverão ser conhecidas pela tarde.

“Vai procurar esclarecer junto do juiz Carlos Alexandre o que ele quiser ver esclarecido”, disse Magalhães e Silva, advogado de Vieira, à chega ao tribunal. O interrogatório deve durar até à hora do almoço.

Segundo o jornal i, Castanheira das Neves, advogado de José António dos Santos, disse que o interrogatório “começou à hora estipulada” e “é provável que, no início da tarde, o Ministério Público faça a promoção das medidas coativas”, seguindo-se pelo momento no qual os advogados dos arguidos “podem pronunciar-se sobre a promoção do MP”, durante tempo indeterminado.

“Vai depender da promoção do MP. Depois, temos de aguardar que o senhor juiz escreva a decisão e a anuncie”, adiantou ainda.

Esta sexta-feira, o empresário José António dos Santos foi o primeiro a prestar declarações, durante a manhã, seguindo-se, da parte da tarde, os interrogatórios de Bruno Macedo e de Tiago Vieira, filho de Vieira.

ZAP // Lusa

7 Comments

  1. Eu acho que deviam colocar LFV como o gestor do banco de fomento!!!?
    Com a capacidade que ele tem de enganar toda a gente, enganava seguramente os gajos de Bruxelas

  2. Mas alguém tem dúvidas que essa treta do banco do fomento só vai servir para fomentar as contas bancárias de militantes do PS, BE e PCP?

  3. E os outro vão ficar a ver passar o comboio, querem lá ver . . .Venha o diabo e escolha. Afinal, nós contribuintes é que temos pago sempre

  4. Engraçado é ver pessoas como o Calado na CMTV dizer o Benfica acima de tudo ao mesmo tempo que defendem o F Vieira não importando os roubos ao Benfica, assim como os fanáticos pelo Juiz justiceiro, defraudados nas suas crenças a concluir que afinal não há justiceiro nenhum, que é igual aos outros, a atuação com o Sócrates foi por ódio, por cor política ou outra, que nada teve a ver com justiça.

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