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Grupo Espírito Santo pode aumentar buraco do BES com perdas de 590 milhões

Mário Cruz / Lusa

Ricardo Salgado, ex-presidente do BES

Os créditos concedidos pelo BES a 11 empresas do Grupo Espírito Santo são praticamente irrecuperáveis. As perdas podem agravar o buraco do banco em 590 milhões de euros.

Empréstimos concedidos às empresas do Grupo Espírito Santo (GES) podem agravar ainda mais o buraco do BES. A notícia avançada este sábado pelo Correio da Manhã dá conta de que, dos 786 milhões de euros emprestados a 11 empresas do grupo, a comissão liquidatária só deverá conseguir recuperar o crédito da Rioforte – avaliado em cerca de 198 milhões.

Assim, o BES deverá ter um prejuízo calculado de 590 milhões de euros. Desta forma, com o agravamento do buraco, o BES terá seguramente mais dificuldades em pagar aos seus credores.

Apesar do esforço da comissão liquidatária em avançar com ações judiciais para recuperar os créditos, as dificuldades em fazê-lo continuam a acrescer. O Observador explica que a probabilidade de os milhares de credores recuperarem o seu dinheiro é cada vez menor.

Em maio deste ano, havia 4955 créditos de cinco mil milhões de euros. Contudo, o chamado “BES mau” tinha apenas cerca de 143 milhões de euros para fazer face a estes encargos.

Os créditos às empresas da família Espírito Santo resultam de empréstimos concedidos durante a governação de Ricardo Salgado.

Das 11 empresas em causa, cinco delas concentram 95% da dívida total do Grupo Espírito Santo ao BES. Espírito Santo Financière, Rioforte, Espírito Santo Finantial Group, ES Bank Panamá e Banque Privée Espírito Santo são responsáveis por uma dívida de 746 milhões de euros.

Entretanto, desde a conceção dos empréstimos, todas estas empresas já faliram, o que dificulta ainda mais a recuperação destes créditos.

ZAP //

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