José Luis Gayà lembra Albelda, fala sobre Alba e sobre as “finais” que a Espanha vai disputar nos próximos dias.
Cresceu atento aos avançados e, por isso, gostava muito de David Villa. Mas também cresceu como adepto e jogador do Valência, por isso estava particularmente atento ao capitão David Albelda. José Luis Gayà lembra o ex-jogador e fala sobre o presente.
“O meu ídolo era o David Villa mas o David Albelda também era uma referência para mim, pelo que significava como capitão dentro do Valência, por causa do respeito que criava à sua volta e pela forma como incentivava os adeptos, transmitindo valores que hoje em dia se estão a perder no futebol: aquela lealdade e aquele compromisso“, lamentou.
Em entrevista à Agência EFE, o lateral-esquerdo falou sobre o concorrente à sua posição na selecção espanhola, o ex-Valência e agora no Barcelona, Jordi Alba. A relação é tranquila: “O seleccionador vai alternando e a equipa técnica é muito inteligente, analisa tudo e sabe decidir. A competência é muito saudável, é um dos jogadores da selecção com quem me dou melhor”.
Gayà tem noção de que há futebolistas espanhóis de “grandíssimo nível” na posição de lateral-esquerdo. Aliás, até há excesso de escolhas para Luis Enrique, nessa posição.
O jogador de 26 anos recordou o Europeu 2020, o seu primeiro grande torneio entre selecções, classificando o Europeu como uma “experiência única, num grupo que se uniu depois de tantas críticas e que mudou a situação”.
E, nesse mudança, o seleccionador foi fundamental: “Luis Enrique defende muito os jogadores. Sempre. Sabe que um jogador confiante é super importante. Critica-nos quando não ganhamos mas tem confiança plena no que estamos a fazer”.
Apesar do Europeu de grande nível da Espanha, que falhou a final por pouco, agora a qualificação para o Mundial 2022 está complicada. Só faltam dois jogos e a Espanha está no segundo lugar do Grupo B; tem 13 pontos, a líder Suécia soma 15 e a Grécia tem nove. Os dois compromissos que faltam serão precisamente contra gregos (quinta-feira) e suecos (domingo).
Se perderem ambos, os espanhóis deverão mesmo ficar fora do Mundial no Qatar. Mas, se vencerem ambos, sabem que estarão no torneio no próximo ano: “Mais do que duas finais, a final mesmo é já contra a Grécia, o próximo jogo. Não podemos pensar na Suécia porque, se facilitarmos contra a Grécia, não adianta”.
“Mas estamos tranquilos, confiantes. Já no Europeu, depois de termos empatado os dois primeiros jogos, sabíamos que tínhamos de vencer o terceiro. Por isso, estamos prontos para estas situações. Sabemos que não será fácil jogar na Grécia e sabemos que a Suécia lidera o grupo mas esta selecção nunca se rende e vai dar tudo”, avisou o capitão do Valência.