O Ministério Público está a investigar a morte de 16 gatos no gatil de Vila Franca de Xira, num cenário de horror e de extrema violência.
A Câmara de Vila Franca de Xira apresentou uma queixa ao Ministério Público (MP) após a morte de 16 gatos no interior do Centro de Recolha Oficial (CRO) de animais da cidade do distrito de Lisboa.
A morte dos animais terá ocorrido na noite de sábado, 28 de Setembro, e terá sido detectada por funcionários do CRO no domingo de manhã que se depararam com “sinais de extrema violência”, como revela o jornal local O Mirante.
“Todos estão chocados”, lamenta o presidente da autarquia, o socialista Fernando Paulo Ferreira, num comunicado.
A organização sem fins lucrativos (ONG) Intervenção e Resgate Animal (IRA) que denuncia o caso nas suas redes sociais, divulgando fotografias dos gatos mortos, fala de um “massacre”.
Atacados por cães porque alguém lhes abriu a porta?
A GNR já está a investigar o que aconteceu. O local não tem sistema de vídeovigilância, o que complica a investigação.
A autarquia acredita que “alguém terá entrado nas instalações na noite de sábado” e que “abriu o gatil e uma box com cães situada imediatamente ao lado, colocando as duas espécies em confronto directo”, como cita O Mirante.
“A porta [do gatil] estava aberta. Se ficou mal fechada, se alguém abriu de propósito ou se até os cães a terão conseguido abrir é o que vamos apurar”, refere ao jornal Público uma fonte da GNR.
A mesma fonte descarta ainda “a hipótese de envenenamento”.
“Quem entrou ilegalmente teve uma atitude criminosa. Estou mortificada com o que aconteceu”, defende no O Mirante a vereadora com o pelouro da saúde animal, Manuela Ralha, revelando que estão também a “fazer averiguações internas“.
Os cadáveres dos 16 gatos foram enviados para a Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa para a realização da autópsia que vai ajudar a apurar as causas da morte.
Susana Valente, ZAP // Lusa