Para além de jovens que não conseguem pagar o sinal do crédito à habitação, há quem esteja a aderir à garantia pública mesmo tendo poupanças suficientes, preferindo usar o dinheiro para mobiliar as casas.
A garantia pública para crédito à habitação jovem, disponível desde janeiro, está a alterar significativamente o mercado imobiliário e bancário em Portugal. Inicialmente concebida para apoiar jovens sem poupanças na aquisição da sua primeira casa, a medida tem sido amplamente utilizada por aqueles que possuem capitais próprios, mas preferem manter liquidez para outras despesas, como obras ou mobiliário.
Carla Correia, gerente da ERA de Rio Tinto, relata um crescimento expressivo na adesão à medida, com 30% das escrituras realizadas em janeiro através desta garantia. Hugo Pinheiro, CEO da Credível, confirma que a procura inclui tanto jovens sem poupanças como aqueles que optam por financiar 100% do imóvel para preservar fundos próprios.
A medida, regulamentada pelo Governo, tem como objetivo facilitar o acesso à habitação para jovens entre 18 e 35 anos com rendimentos até ao 8.º escalão do IRS e sem propriedade de imóveis habitacionais. O Estado garante até 15% do valor da transação, permitindo financiamento total do imóvel, desde que os candidatos cumpram as regras de capacidade de pagamento exigidas pelo Banco de Portugal.
A garantia pública está a flexibilizar práticas tradicionais, como o pagamento do sinal de 10% a 20% do valor do imóvel e muitos vendedores já aceitam avançar diretamente para a escritura, desde que o crédito esteja garantido. Outros estabelecem reservas simbólicas para facilitar o negócio, descreve o ECO.
Bancos como Santander Totta, Novobanco e BPI já registaram centenas de pedidos, movimentando milhões de euros em crédito. Com um envelope de 1,2 mil milhões de euros alocado pelo Governo, a procura reflete o impacto da medida no setor financeiro.
Apesar do sucesso inicial, o verdadeiro teste virá em cenários de aumento das taxas de juro ou dificuldades económicas, quando será possível avaliar se a medida impulsionou a independência financeira dos jovens ou criou novos riscos de endividamento.
Grande novidade!
Só os tolos e os distraídos não perceberam que era esse o objetivo.
Que os seus rebentos e amigalhaços pudessem beneficiar da obra política dos papás, governantes sempre atentos às necessidades e aos benefícios.
(dos seus, claro!)
O que esperar num país de chicos-espertos? É como do IRS jovem, quem tem 40 já é rico e não precisa de pagar menos IRS, neste caso o mesmo critério. Deve ser para ajudar os filiados mais jovens, alguns parecem enriquecer e nem sabemos ao certo o que fazem… outros parecem sair da faculdade directamente para gabinetes, devem ser muito experientes… depois parece haver quem tenha admiração por malas…