Netanyahu não cumpriu as exigências do seu maior adversário e membro do Gabinete de guerra. “De todo o coração”, abandona a coligação.
O centrista Benny Gantz, membro do gabinete de guerra israelita, anunciou este domingo a sua demissão do governo.
O ministro israelita da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, líder do partido de extrema-direita Força Judaica, exigiu mais tarde entrar no gabinete de guerra de Israel.
“Netanyahu está a impedir-nos de avançar para uma verdadeira vitória”, afirmou este domingo em conferência de imprensa, “com o coração pesado, mas de todo o coração”, antes de pedir a Netanyahu para marcar eleições.
Benny Gantz tem sido um dos principais opositores do primeiro-ministro de Israel e já tinha admitido, em março, demitir-se do cargo e tirar o Partido da Unidade Nacional da coligação caso o Parlamento aprove uma lei que continue a isentar os israelitas ultraortodoxos de combater na guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas — que avançou, em maio, apesar da impopularidade.
O membro do Gabinete de guerra israelita, um dos protagonistas no combate ao Hamas, tinha feito em maio cinco exigências ao primeiro-ministro israelita, num novo plano para a guerra contra o Hamas.
O regresso dos reféns, a aniquilação do Hamas e consequente a desmilitarização de Gaza, o regresso a casa dos residentes do norte de Israel, o avanço das negociações com a Arábia Saudita e um esquema para o serviço militar para todos os cidadãos israelitas compunham essa lista.
A decisão do seu maior adversário não põe em causa a sobrevivência da coligação governamental liderada por Benjamin Netanyahu, que ainda controla uma maioria parlamentar, mas pode deixá-lo mais isolado e dependente dos aliados de extrema-direita.
Guerra no Médio Oriente
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