A nação “não pode aceitar” que Israel isente os israelitas ultraortodoxos de combater na guerra entre Israel e o Hamas, diz um dos membros do gabinete de guerra.
Um dos principais opositores do primeiro-ministro de Israel e membro do gabinete de guerra admitiu demitir-se do cargo e tirar o Partido da Unidade Nacional da coligação caso o Parlamento aprove uma lei que continue a isentar os israelitas ultraortodoxos de combater na guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas.
“A nação não pode aceitá-la, o Parlamento não deve votá-la. Os meus colegas e eu não seremos membros do Governo de emergência se essa legislação for aprovada no Parlamento”, garantiu Benny Gantz.
É “uma grave falha de valores” que “prejudicaria a unidade e segurança do estado, particularmente durante a guerra”, considera Gantz, cuja relação com Netanyahu tem sido pautada pelo distanciamento e troca de acusações desde a aprovação da coligação, em 2020.
O partido do opositor do primeiro-ministro não vai conseguir impedir que a lei seja aprovada sozinho, mas o ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant já se manifestou contra o projeto de lei, que ainda não foi divulgado.
De acordo com o The Times of Israel, o projeto prevê a continuidade da isenção militar para os judeus ultraortodoxos e até a sua expansão, tema que tem sido motivo de debate e conflito no país, intensificado desde o início da guerra com o Hamas, desencadeada a 7 de outubro.
O esboço da nova lei não estabelece uma quota de homens ultraortodoxos por ano, fixa a idade de isenção do serviço aos 35 anos e garante que os homens Haredi que não se alistarem não enfrentarão sanções criminais.
A lei de Netanyahu inclui também um plano para estabelecer batalhões ultraortodoxos nas Forças de Defesa de Israel (IDF) e adicionar posições Haredi aos serviços de emergência do país e nos escritórios governamentais.
Guerra no Médio Oriente
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