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Galinhas e leitões vivos para consumo à venda na Internet (e bichos-de-seda para companhia)

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Stephen & Claire Farnsworth / Flickr

Galinhas, coelhos e leitões vivos estão à venda na Internet para consumo humano. Até é possível comprar bichos-de-seda como animal de estimação para crianças. Este tipo de comércio não está devidamente regulamentado, mas o Ministério não vê problemas.

São mais de 4 mil os anúncios de venda de animais vivos para consumo humano que existem em plataformas digitais como o OLX e o Custo Justo, segundo uma investigação do Jornal de Notícias.

galinhas e galos vivos à venda por valores que vão dos 7 aos 15 euros, coelhos a cinco euros, codornizes a 1,5 euros, leitões para abate caseiro por 45 euros, borregos a 60 euros e vitelas por 800 euros, como reporta o JN.

Também se podem encomendar ovos frescos, de galinha, codorniz ou avestruz, pelo correio, com o prazo de validade a ser garantido apenas pela palavra do vendedor.

É ainda possível adquirir o mangalica, um animal que é “uma mistura de porco com ovelha, oriundo da Hungria”, como destaca o JN, frisando que é considerada uma carne de primeira qualidade e que se pode adquirir na Internet “a preços de saldo” por 195 euros.

São centenas de anúncios com vendedores que, muitas vezes, assumem pseudónimos e têm contactos condicionados, fechando os negócios exclusivamente por email ou por SMS. Uma forma de “fugir” a eventuais problemas legais.

Apesar de não haver regulamentação específica para este tipo de comércio, fonte do Ministério da Agricultura (MA) garante ao JN que não há riscos para a saúde pública, atribuindo à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) o dever de fiscalizar.

Contactada pelo JN, a ASAE não aponta quantas acções de fiscalização efectuou neste âmbito.

Vários Associações de Defesa dos Animais já lamentaram que este tipo de comércio pode pôr em risco a Saúde Pública.

Mas o MA não vê necessidade de mais normas legais, frisando que a regulamentação existente sobre o transporte de animais vivos é suficiente.

“O abate para auto-consumo está autorizado para todas as espécies, mediante o cumprimento de regras específicas publicadas em edital da Direcção-Geral de Veterinária”, frisa o MA, reforçando que não existe “risco sanitário ou de saúde pública”.

A venda na Internet de animais de companhia é proibida desde 2017, por iniciativa do PAN, excepto quando os anunciantes cumpram determinados requisitos legais, nomeadamente a assinatura de um contrato de venda e factura.

Mas apesar disso, continuam a surgir online anúncios de venda do burro mirandês, uma espécie protegida pela União Europeia desde 2002, por se encontrar em vias de extinção. Cada exemplar do animal pode custar entre 300 e 600 euros, segundo o JN.

É ainda possível adquirir bichos-da-seda por apenas três euros para entrega por correio azul. Estes animais são anunciados como “muito giros para crianças e muito nutritivos para répteis, anfíbios e artrópodes”, como cita o jornal.

ZAP //

11 Comments

  1. São mais confiáveis para consumo que o que se compra nos talhos !!!! E úma forma dos agricultores de subsistência poderem fazer algum dinheirito !
    Santa paciência nestes tabloides ! Os vossos bisavõs, avós e talvez pais tinham já este comercial privado e se calhar ainda vão lá buscar um ovitos, umas batatas, uns frangos, uma perna de porco e trazem para a cidade todos contentes e depois quem nunca viu um porco ou uma galinha ao vivo lembra-se de levantar a lebre !!
    Não há outras noticias ? Será mesmo ? Assim não tem o Pullitzer !!

  2. Parem de regulamentar! Já chega de tanta lei e regulamento qualquer dia não podemos por os pés no chão sem pagar uma taxa ou uma multa!

  3. nos somos portugal e e em Portugal que temos que consentrar, temos leis para tudo mas so trazem prejuizo ao cidadao. os legislador nao conhecem a realidade Portuguesa a classe politica so estorva e atrasa o pais.
    relativamente aos animais e uma miseria o que esta a acontecer. respeitem se os animais. mas respeitem-se os humanos. cada um no se lugar. houje quando se fala em animais pensa se logo em caes e gatos porque e um grande negocio se nao desse lucro nao havia tantos veterenarios de cao e gato. quanto ao abate de animais para consumo com as leis que temos para se abater um animal para consumo tem que se sai do conselho onde habita e fazer 300 e 400 km para abater animais, quando as Camaras Municipais deviam ter matadoros e veterinarios para que o cidadao tivesse mais confianca no que come. mas nao tem porque ?

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