Gabinete da JMJ continua em funções e custa 1,7 milhões de euros

António Cotrim / Lusa

O advogado José Sá Fernandes, ex-vereador do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Lisboa

Apesar de a JMJ já ter sido há um ano, o gabinete vai continuar em funções até ao final do ano para terminar o projeto de requalificação da zona ribeirinha, em Loures.

Um ano após o fim da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, o gabinete de José Sá Fernandes, ex-vereador da Câmara de Lisboa, continua em funções e só será extinto a 31 de dezembro deste ano.

Até ao final do mandato, os custos associados ao gabinete ultrapassarão os 1,7 milhões de euros, com mais de 1,3 milhões de euros destinados a remunerações dos nove membros da comissão técnica do Grupo de Projeto da JMJ.

A equipa está agora a dedicar-se ao projeto de requalificação da zona ribeirinha oriental da capital, uma área no concelho de Loures, na zona da Bobadela. Os encargos operacionais do gabinete são financiados pela presidência do Conselho de Ministros, tendo a equipa iniciado funções em meados de outubro de 2021.

As despesas com esta equipa estão detalhadas na Conta Geral do Estado (CGE) de 2021, 2022 e 2023, e no Orçamento do Estado para 2024. Em 2023, os gastos ultrapassaram os 615 mil euros, sendo mais de 530 mil euros referentes a remunerações. Para 2024, está prevista uma despesa de mais de 597 mil euros, dos quais cerca de 523 mil euros são para as remunerações, avança o Correio da Manhã.

Os vencimentos brutos mensais dos membros da equipa variam entre aproximadamente 4977 euros e 2297 euros, incluindo salário-base, despesas de representação ou suplemento remuneratório, e subsídio de refeição.

António Costa, ex-primeiro-ministro, nomeou Sá Fernandes como coordenador do grupo de projeto da JMJ em 2021. Em maio de 2023, durante uma visita ao local da JMJ, Costa destacou a oportunidade para Loures desenvolver uma frente ribeirinha que valorize o território da Bobadela.

ZAP //

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