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O próximo presidente do Sporting vai precisar de 60 milhões

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Manuel de Almeida / Lusa

Bruno de Carvalho com José Maria Ricciardi

O banqueiro José Maria Ricciardi considerou na quarta feira, numa entrevista à TVI 24, que qualquer candidato a presidente do Sporting vai precisar duma avultada quantia em dinheiro, que poderá ascender a 60 milhões ou mais.

Para Ricciardi, que já foi apoiante de Bruno de Carvalho, a série de rescisões por justa causa terão impacto no montante que o próximo presidente do clube precisará.

“Não tenho uma estimativa mas dependerá do resultado das rescisões destes nove jogadores. Se for dada razão aos mesmos, e há uma probabilidade razoável que isso aconteça, infelizmente, por tudo o que se passou. Isso tem uma interferência nos valores”, disse citado pelo Diário de Notícias.

O banqueiro explicou que “as consequências dessas rescisões passarão por pagar os restantes anos de contrato aos jogadores e, além disso, haverá o contrato dos ativos”, alertando que a “perda poderá oscilar entre os 100 e os 200 milhões de euros”.

Ricciardi considerou também que a destituição do Conselho Diretivo suspenso pode ajudar a reverter as decisões dos jogadores. “Acredito que alguns jogadores possam voltar atrás. Não direi todos. Ou para ficar no Sporting ou para aceitarem ser negociados”.

Confrontado com o valor de 60 milhões, o banqueiro disse que “poderá precisar de mais porque corre-se esse risco. Esse será talvez o valor mínimo que esta SAD poderá precisar”, acrescentou.

A Assembleia Geral de dia 23 foi também abordada na entrevista. Ricciardi grantiu que estará “como sócio a votar”, apelando por isso “que todos os sócios possam ir a esta AG, onde se vai jogar o futuro de uma grande instituição como o Sporting.”

Ricciardi não descarta candidatura

Ricciardi não descartou a possibilidade de concorrer à presidência do clube, mas considerou que o problema não está na ordem do dia, realçando que as eleições só serão possíveis se os sócios votarem na AG de sábado. O banqueiro sublinhou a existência de “alternativas fortíssimas“.

“Qualquer candidatura terá de ser um pouco diferente das atuais a instituições como FC Porto ou Benfica. O Sporting está numa situação dramática – em pré-falência, pré-insolvência na SAD – e qualquer candidatura terá de ter uma capacidade económica e financeira muito para além do que seria o normal, até do ponto de vista desportivo”.

A candidatura terá ainda de “ser agregadora porque o Conselho Diretivo suspenso dividiu e partiu o clube. Nunca se viu em 112 anos de história andarem uns grupos contra outros”.

Questionado sobre as candidaturas de Dionísio Castro e Frederico Varandas, considerou que esta não é uma boa altura para debater essas propostas, uma vez que os sportinguistas “ainda não votaram se querem que esta direção continue ou não”.

Novamente  confrontado com a possibilidade de ser candidato, o banqueiro admitiu que “não está com falsas modéstias, mas existem outras alternativas fortíssimas no Sporting. Não faltarão sportinguistas que possam ser candidatos se os sócios assim o decidirem”, concluiu.

ZAP //

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