Funcionários públicos vão ter progressões na carreira aceleradas, promete Governo

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Tiago Petinga / Lusa

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Medida deverá abranger 65% dos funcionários públicos e não vai corresponder a uma compensação total.

O Governo está a acelerar as progressões na carreira dos funcionários públicos afetados pelos congelamentos e que tiveram a sua evolução profissional parada durante mais de nove anos. De acordo com Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, a medida deverá abranger 349 mil funcionários públicos (65% dos universo).

Estes trabalhadores progridem com base em pontos e, através de um modelo ainda a apresentar aos sindicatos, serão compensados com uma aceleração.

Tal como destaca o Público, é uma “solução similar” à que foi apresentada horas antes aos sindicatos dos professores, mas “adaptada às carreiras do SIADAP, cuja progressão assenta em pontos e não em anos, como a da carreira docente”, explicou a governante. Desta forma, pretende-se “corrigir os efeitos do período de congelamento longo que ocorreu nos últimos 18 anos”. Mesmo assim, ficou a ressalva de que a compensação não será total.

“A proposta a apresentar às estruturas sindicais não corresponde a recuperação, é uma medida adicional, que assentará em progressões mais rápidas para funcionários públicos, abrangidos pelos dois períodos de congelamento, de forma a minimizar os seus efeitos”, adiantou o Ministério da Presidência ao jornal Público.

Os funcionários abrangidos pela medida correspondem a um universo de 65%, composto por aqueles que foram afetados pelos dois períodos de congelamento, estão abrangidos pelo SIADAP e a alteração de posicionamento remuneratório na categoria ocorreu apenas por pontos. Desta forma, ficam de fora is educadores de infância e professores dos ensinos básicos e secundários e os elementos das Forças Armadas”.

Como lembra o mesmo jornal, as progressões estiveram congeladas entre agosto de 2005 e dezembro de 2007, durante o primeiro Governo de José Sócrates, coincidindo com uma revisão profunda da lei dos vínculos, carreiras e remunerações e do sistema de avaliação da função pública.

Um novo congelamento aconteceu entre 2011 e 2017, aquando da chegada da troika e da proibição de todas as valorizações salariais. No entanto, este segundo congelamento produziu efeitos diferentes nos funcionários públicos.

ZAP //

6 Comments

  1. Estes gajos são uma cambada de irresponsáveis. Confundem uma questão conjuntural com uma questão estrutural.
    Porque se apanham atualmente de bolsos cheios (depois do mega saque fiscal) acham que têm condições para aumentar salários. O problema é que este aumento das receitas fiscais é conjuntural!!!! Resulta do aumento do nível geral de preços, que para uma mesma taxa fiscal média produzirá necessariamente maior receita fiscal. No entanto, o aumento dos salários perdurará para além deste período. Obviamente que depois terá de se endividar ou aumentar ainda mais os impostos para sustentar estes novos “vícios”.
    Enfim, só disparates uns atrás dos outros. Mais tarde, alguém volta a chamar uma qualquer troika.

  2. …medida deverá abranger 349 mil funcionários públicos (65% dos universo), desde que se comprometam a votar PS nas próximas eleições!

  3. Ai sim? E os outros não são gente, os sustentadores do país nomeadamente os vossos cargos e mordomias? E os reformados que têm sido abandonados? Este país, da maioria da ‘Rosa’ está pior do que no tempo da troika!!!

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