/

Funcionários da Segurança Social em greve contra má qualidade do ar nas instalações

1

worak / Flickr

-

Os trabalhadores da Segurança Social de Vila Franca de Xira iniciaram esta terça-feira uma greve para alertarem para a falta de condições das instalações, que associam ao aparecimento de doenças oncológicas nos funcionários. 

Quase metade dos 41 trabalhadores do serviço de Vila Franca de Xira teve ou tem cancro, alguns com problemas do foro e respiratório.

O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais para alertar para a existência de amianto nas instalações e para a falta de condições de trabalho, exigindo a transferência destes serviços para outro edifício.

Uma informação escrita do Instituto da Segurança Social adianta que vão ser adjudicadas obras para a reparação das unidades de tratamento de ar, assim como a pintura de paredes, substituição de tetos falsos e reparação de partes degradadas do chão.

O Instituto de Segurança Social, no entanto, diz que “só se justificará a transferência de instalações caso a análise do Instituto Ricardo Jorge à existência de amianto no local e à qualidade do ar, assim como as intervenções pensadas para o local, se mostrem infrutíferas na superação dos problemas que atualmente subsistem”.

O Instituto de Segurança Social explica que foi requerido ao Instituto Ricardo Jorge a “avaliação da tipologia e perigosidade do amianto existente no local”, sendo que a recolha e a análise estarão concluídas “no período máximo de 45 dias”.

A resposta do ISS não agradou aos trabalhadores, que defendem que as instalações da unidade local de Vila Franca de Xira “devem ser encerradas, independentemente de terem ou não amianto”.

Num plenário realizado na manhã desta terça-feira, os trabalhadores decidiram que vão voltar ao trabalho na quarta-feira, mas que farão paragens de uma hora, entre as 9h e as 10h, até sexta-feira.

Questionado anteriormente, o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), tinha admitio a possibilidade de transferência dos trabalhadores para novas instalações.

“Não vou dizer que há uma causa-efeito entre as condições do edifício e a incidência de casos de doenças oncológicas. O Instituto Ricardo Jorge está a trabalhar nas instalações para averiguar. De qualquer forma, estamos em contacto com a Segurança Social para saber se há uma solução para transferir as pessoas”, referiu o autarca na semana passada.

ZAP

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.