Na passada sexta-feira, os bombeiros foram chamados à Universidade de Canberra. Um “forte cheiro a gás” obrigou a evacuar a biblioteca e os serviços de emergência emitiram uma nota a informar que equipas estavam no terreno a conduzir monitorizações atmosféricas.
De acordo com o The Guardian, cerca de uma hora foi suficiente para “os bombeiros completaram as buscas pelo edifício e localizaram a fonte do cheiro”, informaram as autoridades, sem porém avançar com detalhes.
“Estamos abertos. O cheiro a gás no edifício é totalmente seguro — alguém deixou um durião num dos nossos caixotes! Muito sorrateiro!”, escreveu a Universidade de Canberra.
A pessoa que levou a cabo esta partida deixou o durião junto a uma conduta de ar. O durião é um fruto de sabor intenso e agradável, mas espinhoso e malcheiroso.
Esta é a segunda vez que um durião obriga a evacuar a biblioteca de uma universidade na Austrália. No ano passado, em abril, cerca de 600 estudantes e funcionários do campus de Melbourne da universidade de tecnologia e design RMIT foram retirados, enquanto cerca de 40 bombeiros, incluindo equipas de especialistas, procuravam por uma fuga de gás.
Originário do sudeste asiático e chamado “rei das frutas” por Alfred Russel Wallace, naturalista britânico do século XIX, o durião é particularmente popular na China. Doce e salgado ao mesmo tempo, o fruto é usado em bolos, gelados e até pizzas. A procura impulsionada pelos consumidores chineses é tal que o preço aumentou 20 vezes nos últimos quatro anos.
O seu cheiro é muito forte e fedorento, fazendo com que o consumo da fruta seja proibido em transportes públicos e quartos de hotel em países como Singapura e Tailândia.
O ano passado, cientistas de Singapura anunciaram ter descoberto a origem do odor do durião. Segundo os investigadores, o seu mau cheiro característico é resultado de um gene presente no fruto. O odor característico do durião tem um objetivo importante na natureza: ajudar a atrair animais que o comam, para depois dispersar as suas sementes.