Numa altura de protestos dos agricultores, o Jornal de Notícias foi avaliar os preços das frutas e dos legumes, comparando o que se paga nos grandes supermercados com os valores das feiras do norte do país.
Assim, o Jornal de Notícias (JN) foi às compras às feiras de Barcelos, Ponte de Lima, Bragança, e às feiras da Senhora da Hora (Matosinhos) e da Estela (Póvoa de Varzim).
Para comparar preços, foi também comprar frutas e legumes em hipermercados dos grupos Continente, Pingo Doce e Auchan.
Após comprar um cabaz composto por batatas, cebolas, cenouras, alface frisada e laranjas do Algarve, com um quilo de cada, a conclusão é clara. Comprar frutas e legumes nos supermercados pode sair entre “20% a 70% mais caro”, salienta o JN.
Pelo cabaz de cinco produtos, o jornal pagou 5,05 euros na feira da Estela, o preço mais baixo, e 8,56 euros no Auchan, o preço mais elevado. Dá uma diferença de 3,51 euros.
Nos casos analisados, “quem compra nas feiras fica a ganhar e, quanto mais próximo das zonas de produção, mais acentuada é a poupança”, destaca o jornal.
A feira da Estela é um bom exemplo disso, uma vez que a Póvoa de Varzim é “a maior zona de produção de hortícolas da região norte e o lugar onde, sobretudo, os legumes são mais baratos”, vinca ainda o JN.
Os preços aumentam um pouco mais para o interior e mais a norte, mas continua a compensar ir à feira em detrimento do hipermercado.
“Entre os produtos com maior diferença estão a batata e a cebola (que chegam a custar mais do dobro), seguidos da alface frisada”, indica o jornal.
Um dos produtos em que não compensa comprar na feira é a laranja do Algarve, cujo preço é mais baixo no hipermercado. Mais uma vez, tem tudo a ver com a proximidade ao produtor, ou, neste caso, com a distância relativamente aos campos algarvios.
pois é bem verdade..
as maçãs e as peras nos ultimos 2 anos passaram de cerca de 1€ nos hipermercados para no minimo 2 €. e já se vê maças a 2,5€ kg e até mais…
mas também deve ser tido em consideração as diferenças entre as atividades. Falou-se na Estela e lá basta por os caixotes à face da estrada para vender muitas vezes sem quaisquer condições e tudo vendido a dinheiro sem fatura ou qualquer tipo de registo de vendas dos comerciantes. o mesmo acontece em muitas feiras onde se paga o lugar da feira e depois é tudo vendido sem qualquer tipo de faturação…
Por seu lado um hipermercado custa muitos milhoes a construir, gasta-se em manutenção, em eletricidade, em impostos municipais, em empregados, etc… e tudo isso tem custos…
é certo porém que eles querem ganhar tudo e dar o menos posssivel aos agricultores… e isso efetivamente está errado pois se todos na cadeia de valor ganharem o justo certamente todos saem a ganhar incluindo o cliente final mas não é isso que se vê…