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Freiras mexicanas estão empenhadas em salvar o axolote da extinção

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joachim_s_mueller / Flickr

Axolote (Ambystoma mexicanum)

O axolote está em perigo crítico de extinção. Mas há um grupo de freiras mexicanas que estão empenhas a salvar esta espécie.

O axolote é uma espécie de salamandra aquática pequena que está atualmente em perigo de extinção. Mas há quem esteja a tentar salvar esta espécie. Um grupo de freiras mexicanas está a ajudar a criar e a devolver alguns destes animais ao seu habitat natural, na região de Pátzcuaro, no México.

A história é contada pela BBC, na reportagem The Sisters of the Sacred Salamander. “Sinto que eles precisam do nosso cuidado e protecão. E é precisamente isso que estamos a fazer”, explica a irmã Ofélia Francisco.

Mas, ainda que estejam a ajudar, o objetivo inicial não era a conservação ambiental. Há vários anos que este grupo religioso utiliza estes animais na produção de um xarope para a tosse, uma prática que passou de geração em geração. O segredo, no entanto, não é revelado pelas freiras.

Estes animais estão de tal forma enraizados na cultura do México que há quem acredite que têm poderes curativos. E, apesar de estarem em perigo de extinção, existem colónias mantidas em laboratórios com milhares de exemplares.

Foi assim que as freiras se tornaram verdadeiras mestres da criação de axolotes, através dos laboratórios que existem no interior do mosteiro. Agora, em parceria com o jardim zoológico britânico de Chester, desempenham um papel ainda mais preponderante: a devolução de alguns destes animais ao seu habitat natural.

De acordo com o Público, um artigo publicado na Nature no final de 2017 mostrava que esta espécie (Ambystoma mexicanum) está cada vez mais próxima do abismo, isto é, da extinção. Em 1998, existiam 6000 axolotes por quilómetro quadrado na região mexicana de Xochimilco. Dez anos depois, havia apenas 100 axolotes por quilómetro quadrado.

Richard Griffiths, ecologista citado no estudo da Nature, refere que este é “provavelmente o anfíbio mais espalhado pelo mundo, em laboratórios e lojas de animais, e ainda assim está quase extinto na natureza”.

ZAP // BBC

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