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Centenas de pessoas em Portugal foram lesadas, num esquema em pirâmide com criptomoedas. Os burlões lucraram 2,148 milhões de euros, desde 2018.
O Ministério Público (MP) acusou um casal de crimes de burla qualificada e branqueamento e capitais, num esquema em pirâmide de criptomoedas.
A acusação, citada pelo Jornal de Notícias, refere que em 2018 o homem e a mulher planearam e lançaram um modelo de negócio de estrutura piramidal, usando o investimento em criptoativos para aliciar vítimas. Centenas de pessoas acabaram lesadas, em mais de 2,1 milhões de euros.
Os lesados eram levados a angariar novos investidores e consoante o plano que o novo investidor aderente adquirisse, o angariador que estava no topo da rede obtinha pontos, que eram convertidos em criptoativos ou dinheiro.
Como detalha o JN, o investimento mínimo era de 149 euros e o máximo de 99.900 euros. Os investidores tinham um lucro prometido de 4 a 7% por semana.
Chegaram a ser montados “robôs de negociação” em lojas físicas em Aveiras de Cima, Coimbra e Alenquer, para aliciar investidores. Aquela máquina serviria para dinamizar investimentos em criptoativos. Os robôs eram, afinal, falsos.
Mas “mesmo confirmando-se a existência de compras e vendas de criptoativos, os valores das transações eram insuficientes para satisfazer o pagamento dos investimentos contratados através do robô” – escreve o MP.
O produto criado pelos arguidos chama-se Optionsknight e tem atualmente o alerta vermelho do Banco de Portugal.
Aos lesados era-lhes também prometida uma posição de liderança. No entanto, todo o dinheiro angariado ia parar às contas dos arguidos.
Como cita o JN, o MP acusa agora os arguidos de se terem aproveitado da falta de conhecimento geral sobre as criptomoedas, para aliciar as vítimas para o seu esquema em pirâmide fraudulento.
