O Senado francês aprovou a lei, esta quinta-feira, que protege o “património sensorial” das áreas rurais do país, depois de várias queixas sobre os ruídos e cheiros típicos do campo.
De acordo com o canal televisivo CNN, os senadores franceses aprovaram a lei, esta quinta-feira, que já tinha sido aprovada por unanimidade, em agosto do ano passado, pela Assembleia Nacional.
Joël Giraud, secretário de Estado responsável pela ruralidade, celebrou a aprovação da lei, em comunicado, considerando que esta visa “definir e proteger o património sensorial do interior de França”.
Uma melhor compreensão dos “sons e cheiros” tradicionais das áreas rurais será útil para “prevenir desentendimentos entre vizinhos”, referiu ainda o governante, acrescentando que ficará a cargo das autoridades regionais definir esse “património rural, incluindo a sua identidade sensorial”.
“É uma verdadeira vitória para as comunidades rurais. Cada um deve fazer a sua parte, vamos preservar as zonas rurais”, apelou Giraud.
O país tem assistido a um crescimento dos conflitos entre residentes de áreas rurais. Um dos episódios mais emblemáticos e que correu mundo foi o do galo Maurice, que chegou mesmo a ir a tribunal em 2019.
Na altura, os donos de uma casa de férias na ilha francesa de Oléron queixaram-se de que o animal cantava cedo demais. No entanto, o tribunal decidiu que o “símbolo da França rural” pode cantar quando lhe apetecer.
Foi por casos como este que Pierre Morel-à-L’Huissier, deputado que representa a zona rural de Lozère na Assembleia Nacional, apresentou a proposta de lei, que agora foi aprovada.