Uma equipa de investigadores identificou uma “fórmula mágica” para o sucesso criativo. Os autores basearam-se no trabalho de milhares de artistas.
O pintor norte-americano Jackson Pollock é uma referência no movimento do expressionismo abstrato, tornando-se conhecido pelo seu estilo único de pintura por gotejamento (dripping). Ainda antes disso, dedicou-se a desenhos surreais, impressões e pinturas de humanos, animais e natureza.
Um novo estudo sugere que este período de exploração seguido pela criação da sua nova técnica preparou Pollock para uma variedade de trabalhos de alto impacto. Entre 1947 e 1950, o pintor criou todas as obras-primas pelas quais é hoje mundialmente famoso.
Investigadores da Kellogg School of Management, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, descobriram que este padrão não é incomum — é uma “fórmula mágica”.
De acordo com o portal Europa Press, os cientistas descobriram que o sucesso de Pollock é resultado direto de anos de exploração artística imediatamente seguidos por anos de investimento numa área específica.
Para chegar a esta conclusão foram usados algoritmos de reconhecimento de imagem para extrair dados de 800.000 imagens de artes visuais recolhidas em museus e galerias, cobrindo as histórias profissionais de 2.128 artistas.
“Embora a exploração seja considerada um risco porque pode não levar a lado nenhum, ela aumenta a probabilidade de se deparar com uma grande ideia”, disse o autor do artigo, Dashun Wang.
Em vez disso, se explorar o mesmo tipo de trabalho repetidamente ao longo do tempo, pode sufocar a criatividade. Mas, curiosamente, as duas vertentes juntas parecem mostrar associações consistentes com sucesso.
Os resultados do estudo foram publicados esta segunda-feira na revista Nature Communications.