Na segunda volta das municipais brasileiras, disputadas em 57 dos 5565 municípios do país e envolvendo mais de 38 milhões de eleitores, os políticos apoiados pelo Presidente Jair Bolsonaro e os candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula da Silva, foram derrotados.
As forças da centro-direita alternativas a Bolsonaro e a Lula da Silva passam assim a governar metade das capitais estaduais do país. Os três partidos de centro-direita mais tradicionais do país – que conquistram as autarquias de cinco capitais na primeira volta – obtiveram agora mais oito. No total, venceram 13 das 25 capitais regionais.
Segundo notou o Observador esta segunda-feira, Bruno Covas, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB – centro-direita), foi eleito em São Paulo. Covas teve 60% dos votos, derrotando Guilherme Boulos, do PSOL (esquerda). O PSDB já tinha conquistado Natal e Palmas, ganhando agora também Porto Velho.
No Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do Democratas (DEM – centro-direita), venceu com dois terços dos votos, derrotando Marcelo Crivella, apoiado por Bolsonaro e sobrinho do bispo Edir Macedo, que concorreu pelo Republicanos. O DEM já havia garantido as prefeituras de Curitiba, Florianópolis e Salvador.
No Recife, João Campos, do PSB (centro esquerda), venceu a Marília Arraes, do PT. Em Goiânia, Maguito Vilela, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi eleito. Este partido conquistou ainda as prefeituras de Boa Vista, Cuiabá, Porto Alegre e Teresina, apontou o Expresso, citando a agência Lusa.
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) governará duas capitais, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) outras duas e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) uma.
Pela primeira vez desde 1985, o PT estará ausente das prefeituras das capitais estaduais. O partido havia alcançado o recorde de nove capitais em 2004, no segundo ano do mandato presidencial de Lula (2003-2010).
Os resultados deste ano evidenciam uma queda do PT e dos candidatos apoiados por Bolsonaro, sem formação política desde que deixou o Partido Social Liberal (PSL) no ano passado, mas que manifestou apoio a 13 candidatos, dos quais 11 foram derrotados.
Os únicos candidatos considerados ‘bolsonaristas’ que venceram as eleições nas capitais regionais foram Tião Bocalom em Rio Branco e Lorenzo Pazolini em Vitória.
Irá ser uma nova “trampalhada”?
Vá lá que afinal ainda vai havendo algum bom senso no Brasil…