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Força Espacial de Trump tem apoio da Casa Branca (e há consenso na gestão política do Senado)

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Carlos M. Vazquez II / DoD

O presidente Joe Biden

A administração democrata vai apoiar e investir na Força Espacial criada por Donald Trump. Esta quarta-feira, republicanos e democratas entenderam-se sobre gestão política do Senado.

Esta quinta-feira, a Casa Branca declarou “apoio total” para a “Força Espacial”, edificada pela administração do Presidente cessante dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump.

“[As intenções de criar uma “Força Espacial”] têm absolutamente o apoio total da administração Biden”, disse a porta-voz para a imprensa da Casa Branca, JenPsaki, quando questionada pelos jornalistas sobre se o Presidente Joe Biden apoiava este novo ramo das Forças Armadas norte-americanas ou, pelo contrário, se optaria por extinguir ou diminuir a sua intervenção.

Não vamos revisitar a decisão de estabelecer a ‘Força Espacial’”, garantiu a porta-voz, acrescentando que cabe ao Congresso norte-americano o desmantelamento deste ramo militar e, por isso, a Casa Branca não podia, mesmo que quisesse, desmantelar a “Força Espacial”.

O Departamento da Defesa, acrescentou, tem como objetivo definido o investimento de recursos para os desafios de segurança no espaço, uma preocupação bipartidária há bastante tempo. “Milhares de homens e de mulheres servem com orgulho a ‘Força Espacial’”, referiu Psaki.

A declarações da porta-voz da Casa Branca contrastam com a maneira como abordou a questão na terça-feira e que foi interpretada como um desinteresse com um tom até jocoso da Casa Branca.

“Uau. ‘Força Espacial’. É o avião de hoje”, disse a porta-voz na terça-feira, considerando que a questão sobre o modo como a administração iria lidar com uma decisão do mandato de Trump era “interessante”.

Horas mais tarde, Psaki publicou um tweet numa tentativa de reverter os efeitos das suas declarações. O congressista republicano eleito pelo Alabama Mike Rogers – que pertence ao Comité das Forças Armadas da Câmara dos Representantes – pediu que se retratasse.

A “Força Espacial” foi fundada em dezembro de 2019 como o primeiro ramo das Forças Armadas a ser criado desde que a Força Aérea foi considerada um ramo independente, em 1947. Apesar de operar independentemente, o ramo é supervisionado pela Força Aérea.

Há atualmente mais de 2.000 militares envolvidos nesta força e a intenção é expandir para 6.400 até ao final do ano.

Gestão política do Senado

Na quarta-feira, o líder da maioria democrata no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, anunciou um acordo com os republicanos para gerir politicamente a câmara alta do Congresso, que está dividida igualmente (50-50) entre os dois partidos.

O acordo termina um impasse de semanas que impediu a nova maioria democrata de avançar em alguns processos legislativos e que provocou atritos entre os dois partidos, no início da nova legislatura no Congresso.

Schumer explicou que ele e o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, concordaram com as proporções dos comités e com outros pormenores logísticos na câmara alta do Congresso, onde cada um dos partidos tem 50 senadores e os democratas contam a vice-Presidente, Kamala Harris, para resolver com o seu voto de qualidade os eventuais empates.

Os senadores agora podem “começar a trabalhar prontamente, com os democratas a controlar a operação (…) e a lidar com as questões mais importantes”, disse Schumer.

A organização do Senado é normalmente um procedimento de rotina no início de um novo Congresso, mas, desta vez, as negociações prolongadas entre os dois partidos envolveram um jogo de poder delicado, já que os republicanos se recusaram a abrir mão do controlo sem primeiro tentar extrair dos democratas as concessões que Schumer se recusava a dar.

Em particular, McConnell queria que Schumer se comprometesse a que os democratas não acabariam com processos de obstrução legislativa, um pormenor que é vital para assegurar que o partido em minoria continua a ter alguma força no Senado.

Livrar-se desta ferramenta de procedimento tornaria mais fácil para a nova maioria aprovar a agenda do Presidente até um limite de 51 votos, em vez dos 60 votos normalmente necessários para avançar com os projetos.

O acordo – que aguarda aprovação em votação no Senado – implica que os democratas podem assumir o controlo dos comités e iniciar outros processos que foram paralisados durante os eventuais impasses.

ZAP // Lusa

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