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Fogo na serra de Sintra dominado. Mais de 300 pessoas retiradas e 18 feridos

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Paulo Novais / Lusa

O incêndio que deflagrou, este sábado, na serra de Sintra e que se alastrou a Cascais, no distrito de Lisboa, está dominado, anunciou este domingo a Proteção Civil.

O fogo foi dado como dominado cerca de 12 horas depois de ter deflagrado na zona da Peninha, tendo alastrado ao concelho de Cascais, num combate às chamas muito dificultado pelos ventos, que chegaram a ter rajadas de 100 quilómetros por hora.

Segundo a informação publicada no site da Autoridade nacional da Proteção Civil (ANPC), atualizada às 11h18, o incêndio está a ser combatido por 611 operacionais, 181 meios terrestres e cinco meios aéreos.

O incêndio obrigou à retirada de 300 pessoas do parque de campismo de Cascais e de 47 de várias localidades e fez 18 feridos ligeiros, segundo a Proteção Civil.

Segundo o comandante distrital de Lisboa da ANPC, André Fernandes, as 47 pessoas foram retiradas de várias localidades em toda a área do incêndio, como Biscaia, Figueira do Guincho, Almoínhas.

Destas 47 pessoas, 17 foram deslocadas para a Sociedade Recreativa da Malveira e 30 para o Pavilhão Dramático de Cascais, em articulação com as câmaras municipais e as juntas de freguesia, estando a ser “devidamente acompanhadas” pela Segurança Social, pela ação social da autarquia e por uma equipa de psicólogos do INEM, que “está a dar todo o apoio a estas pessoas”, frisou.

18 pessoas ficaram feridas ligeiramente, nove dos quais eram bombeiros, que foram “assistidos no local e que já regressaram ao teatro de operações”, disse André Fernandes, num ‘briefing’ da Proteção Civil, onde esteve presente o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreira.

Relativamente à retirada das pessoas do parque de campismo de Cascais, o comandante André Fernandes disse que foi “a maior evacuação por precaução” e que decorreu “dentro da normalidade, não havendo vítimas a registar nem danos materiais”.

Foram ainda retirados 70 animais do Clube D. Carlos e do Centro Hípico do Estoril, na Charneca, que foram levados para o hipódromo Manuel Possolo, em Cascais.

Devido ao fogo, estão cortadas a estrada nacional 247 e a estrada nacional 9-1, que servem o Guincho e a zona do Autódromo do Estoril, informou, apelando à população para não se dirigir para a área afetada pelo incêndio e para deixar “estas vias de circulação libertas para os meios de socorro”.

Sobre os danos materiais, André Fernandes disse que alguns apoios de madeira nalgumas áreas habitacionais ficaram danificados e um veículo ligeiro ardeu, adiantando que, neste momento, equipas da GNR, da PSP, polícias municipais de Cascais, Sintra e outros meios das duas câmaras municipais estão a fazer a validação da área afetada para verificação de mais danos do parque habitacional ou edificado.

O autarca de Cascais, Carlos Carreiras, realçou o facto de não haver vítimas graves e de não haver outros incidentes a nível do edificado urbano. “Estou convicto que os próximos dias serão de muito trabalho“, disse, deixando “um agradecimento e incentivo a todos aquele que vão ajudar a conseguir controlar e a debelar qualquer risco que ainda possa persistir”.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Desta vez, como foi na zona dos privilegiados da linha os meios no terreno foram rápidos e suficientes.
    Quando é numa terrinha onde não há gente gira, até houve crianças queimadas vivas dentro do carro.
    Não esquecemos.

    • É… foi isso, foi!…
      Comparar um incêndio no inteiror, com um incêndio no litorar, muito mais acessível e com meios muito mais próximos, só faz sentido em cabecinhas muito limitadas!…
      É bom que ninguém se esqueça mas, o pior é que, na altura, deus “estava de férias” e também se esqueceu dessas “crianças queimadas vivas”!…

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