Fogo de artifício, olés e uma reedição do FC Porto de AVB

1

Manuel Fernando Araújo / Lusa

FC Porto e Benfica defrontaram-se na noite deste domingo, no Estádio do Dragão, em jogo a contar para a 24.ª jornada da Primeira Liga, numa goleada  com contornos épicos (mas familiares) dos dragões sobre as águias.

Quais “Falcoes”, “Varelas” ou “Incríveis Hulks”… qual André Villas-Boas

Sérgio Conceição também sabe agarrar a águia “de mão cheia” e “engaiolá-la”.

O FC Porto humilhou o Benfica e, 14 anos depois, voltou a fazer – como dizem os espanhóis – la manita frente ao principal rival.

“Futebol Clube do Porto 5 – Visitante 0” foi o que se cantou no final do jogo, no Estádio do Dragão.

Com este resultado, o FC Porto mantém-se no terceiro lugar do campeonato (com 52 pontos), mas encurta a distância para os encarnados (segundos classificados, com 58 pontos). O líder Sporting (com 59 pontos, com menos um jogo), depois da vitória desta tarde, frente ao Farense, continua a fugir.

Em relação ao último jogo, Sérgio Conceição fez apenas uma mexida na equipa: saiu Fábio Cardoso e foi Otávio que fez dupla com Pepe, no centro do eixo defensivo. De resto, o FC Porto apresentou-se com Diogo Costa; João Mário e Wendell; Alan Varela, Nico González, Pepê, Galeno, Francisco Conceição; Evanilson.

Por seu turno, Roger Schmidt fez duas alterações: Aursnes, o “multifunções” do treinador alemão, ficou no 11, masn com a saída de Bah e a entrada de Morato, trocou de “lateral”; dois jogos depois o Benfica voltou a jogar com ponta-de-lança, com a entrada de Casper Tengsted, que rendeu David Neres. De resto, foram a jogo: Trubin; Otamendi, António Silva; João Neves, João Mário, Kokcu, Di María e Rafa.

Galeno de “Gala” ao estilo de Falcao

O FC Porto entrou (e saiu) “a mandar” no jogo.

No 5-0 de 2010, foi Radamel Falcao a bisar na primeira-parte. Desta vez, essa “incumbência” calhou a Wenderson Galeno.

Logo no primeiro minuto de jogo, Francisco Conceição e Nico González fizeram os adeptos suspirar, com uma jogada pela direita do número 10, que terminou num cabeceamento perigoso do médio espanhol.

O jogo quente, numa noite fria (e chuvosa), foi sendo pautado, precisamente, pela magia de Francisco Conceição e pela eficácia de Wenderson Galeno.

O Benfica – sem uma ideia clara de jogo – conseguiu criar perigo pela primeira vez aos 13 minutos, com Tengsted a desperdiçar uma oportunidade “de ouro”. Logo a seguir, na baliza contrária, foi a vez Galeno falhar um “golo cantado” – num prenúncio daquilo que não viria a acontecer a seguir.

Em jogo de sentido único, o primeiro golo acabou por acontecer ao minuto 20 – afinal, não é só na Champions que Galeno é decisivo.

À meia-hora de jogo, o árbitro João Pinheiro foi pela primeira vez ao bolso e amarelou Morato por travar uma investida perigosa (mais uma) de Francisco Conceição.

A Águia tentava acordar, só que o “sopro” do dragão continuava a deixá-la bem “anestesiada”. Até quando estava com bola a defesa benfiquista tremia.

O FC Porto aproveitou um Benfica sempre muito passivo e quase em cima do intervalo Galeno bisou e fez o 2-0 para o FC Porto.

Fogo de artifício e “olés” no Dragão

Na tentativa de reagir e equilibrar o jogo, Roger Schmidt fez duas alterações ao intervalo: entrou Álvaro Carreras por Morato, para a lateral esquerda; e, no meio-campo, saiu Kokcu para a entrada de Florentino Luís.

Logo no início da primeira parte, uma entrada dura de Otamendi sobre Galeno, valeu o amarelo ao capitão do Benfica

Mas, aos 55 minutos, a turma benfiquista ficou ainda mais “amarelada”, com um novo golo do FC Porto, agora por Wendell.

3-0 no Dragão… com direito a fogo de artifício fora do estádio.

O Benfica voltava a (tentar) reagir e Roger Schmidt fez mais duas substituições, logo a seguir ao terceiro golo: saíram Di María e Tengsted para dar lugar a David Neres e Arthur Cabral.

Mas, aos 61′, o Dragão já levantava os cinco dedos, só que para dizer “adeus” a um antigo jogador da casa: Otamendi foi expulso, com um segundo amarelo, após uma falta algo desnecessária no meio-campo. O Benfica foi “forçado” a esgotar as substituições: Tomás Araújo foi chamado e Rafa sacrificado.

Enquanto isso, os dragões continuavam a massacrar. Desta vez foi Pepê, com um grande tiro, ao minuto 76. E os adeptos queriam mais e mais…

Sérgio Conceição só refrescou a equipa aos 82′, e logo com quatro substituições de uma só vez: entraram Iván Jaime, Eustáquio, Jorge Sanchez e Danny Namaso. Já mais perto do fim entrou Toni Martínez por Francisco Conceição.

O Benfica, com menos um e a “levar” olés dos 49.013 espetadores, não conseguiu, em momento algum, contrariar a superioridade do FC Porto, em todos os momentos do jogo.

O “familiar” 5-0 chegou ao minuto 90, por Danny Namaso.

Os azuis-e-brancos já não sofrem golos em casa há sete jogos – e, depois desta goleada, destronaram o Benfica na melhor defesa da Liga.

Já o Benfica voltou a não ganhar fora de portas, pelo quarto jogo consecutivo.

No jogo da primeira volta, o Benfica tinha derrotado o FC Porto no Estádio da Luz, com um golo solitário de Di María. Os dois rivais já se tinham defrontado antes, logo no arranque da época desportiva, na Supertaça Cândido de Oliveira, com a vitória a pender para os comandados de Roger Schmidt.

O FC Porto volta a entrar em campo na próxima sexta-feira, em Portimão. Por sua vez, o Benfica tem confronto europeu na quinta-feira, frente aos escoceses do Rangers, no Estádio da Luz.

Miguel Esteves, ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

1 Comment

  1. Aos coitados do Benfica, nem a bênção do papa ajudou.
    Quem acabou a ganhar foi o Sporting..
    O Porto ainda tem muito a correr até lá chegar.
    Morrerá na praia, quer me parecer.

    1
    1

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.