Os governos têm de avançar com taxas sobre as emissões de carbono na próxima década que desencorajem efetivamente o modelo de economia poluidora que ainda domina a economia mundial.
O ideal era travar o aquecimento global em dois graus centígrados em 2030 o que obrigaria a subir a taxa média atual de 2 dólares para 75 dólares por tonelada no final da década, segundo o Fiscal Monitor, o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) com as recomendações sobre política orçamental apresentado esta quarta-feira em Washington. Isso implicaria em dez anos um aumento de 43% em média na eletricidade e 14% na gasolina.
“O objetivo deve ser a modificação do sistema tributário e da política orçamental de modo a desencorajar as emissões [de carbono]”, afirmou Vítor Gaspar na apresentação do Fiscal Monitor, citado pelo semanário Expresso. Este ano, a mudança climática é o tema central do relatório, apresentado na assembleia geral da organização que se iniciou esta semana nos Estados Unidos.
Gaspar, diretor do Departamento de Assuntos Orçamentais do FMI desde 2014, sublinhou que o Fundo não faz uma recomendação específica, mas afirma que as metas do Acordo de Paris de dezembro de 2015 não são suficientes.
Apesar das medidas previstas naquele acordo, a temperatura média subirá 3 graus centígrados até 2010, o que fica acima do nível considerado seguro pelos cientistas, recorda o ex-ministro português das Finanças do governo da troika.
“Cada país terá de tomar medidas que sejam ambiciosas, como, por exemplo, uma taxa sobre as emissões de carbono que suba até 75 dólares por tonelada em 2030. Não é a nossa recomendação. Muitas combinações alternativas de instrumentos [orçamentais] são discutidas no Fiscal Monitor”, refere Gaspar.
A aplicação da taxa de 75 dólares por tonelada permitiria travar o aquecimento médio em dois graus centígradosvem 2010. Uma taxa mais reduzida, entre 25 e 50 dólares, tem um impacto menos ambicioso, permitindo o aumento até 2,5 graus centígrados.
A taxa mais alta implicaria um disparo dos preços da energia para as famílias, que, em média, seria de 43% numa década. No entanto, o impacto seria muito maior na África do Sul (89%), na China (64%) e nos EUA (53%), do que em França (apenas 2%) e na Alemanha e na Itália (18%). A gasolina custaria mais 14% em média.
Atualmente 50 países aplicam um tipo de taxa, mas a média global é de dois dólares por tonelada. A Suécia é apontada pelo FMI como um exemplo, com uma taxa de 127 dólares por tonelada e já conseguiu reduzir as emissões em 25% nos últimos 25 anos.
Portanto, ou morremos contaminados ou morremos de fome…
Como o calculo para o imposto CO2 deverá ser mais uma questão política e económica do que ecológica (sim porque os maiores poluidores são os grandes grupos económicos que controlam estes senhores do FMI, BM, UE, BCE, etc…), acho que prefiro morrer contaminado até porque a fome poder ser bem medida e o CO2 é uma situação muito complicada.
Não sou contra evitarmos a destruição do ecossistema da terra, mas sempre que se trata de penalizar quem polui mais, é sempre o povo que, não sendo “santo”, acaba sempre por ter sofrer as consequência dos reais poluidores…
Este tipo de soluções ou sugestões é só mais uma treta de sacar dinheiro ao povinho e aos que não podem se defender…
Tem toda a razão Alves!
Mas a farsa do “CO2” continua…
Mas não fique com medo do CO2, isso não é problema ou, se tem mesmo receio, rodeie-se de plantas durante o dia.