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Finanças cativam mais de 100 milhões de transportes ferroviários

As Finanças congelaram 100,4 milhões de euros de despesa com aquisição de bens, serviços e projetos, um valor que corresponde a 16% do total de cativações.

De acordo com os dados da execução orçamental de abril, as Finanças congelaram aos transportes ferroviários sob a tutela dos Ministérios do Planeamento e Infraestruturas (como a Comboios de Portugal – CP – e a Infraestruturas de Portugal) e do Ambiente (como os metros de Lisboa e do Porto) 100,4 milhões de euros de despesa com aquisição de bens, serviços e projetos.

Segundo o Jornal de Negócios, este valor representa mais de 16% do total de cativos atuais aplicados pelas Finanças, que ronda os 611,5 milhões de euros.

No que diz respeito ao transporte ferroviário, as cativações atuais somam 75,3 milhões de euros, não tendo sido libertada qualquer verba desde o início do ano. Para a ferrovia, foram desbloqueados durante o ano dois milhões de euros face aos cativos iniciais, que eram de 27,1 milhões de euros, passando agora para os 25,1 milhões.

Apesar das exigências e necessidades de financiamento destes serviços, que já duram há vários anos, a decisão das Finanças manteve-se. Além destas cativações, a CP é também confrontada com uma reduzida execução ao nível do investimento – 4,7 milhões, montante que representa 10,6% do total que a empresa tem para investir este ano.

O jornal nota ainda que, nos últimos anos, a CP e o metropolitano de Lisboa têm sido várias vezes referidos como exemplos de degradação do serviço. O facto de as necessidades continuarem a não ser respondidas faz com que estas empresas sejam as que mais reclamações recebem por parte dos utilizadores dos transportes.

Em suma, o Planeamento e Infraestruturas é o que tem maior valor cativado. Depois do Planeamento, os ministérios com valores mais altos até abril são o da Justiça com 63,1 milhões, o da Defesa com 61,4 milhões e o das Finanças com 60,6 milhões de euros.

ZAP //

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