A Polícia Nacional das Filipinas elevou este domingo o nível de alerta de terrorismo para todo o país, após o ataque de domingo contra a Catedral católica de Jolo, reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico, e que causou 20 mortos e 100 feridos.
“A ordem garantirá que planos semelhantes de grupos terroristas não sejam realizados em outras regiões”, disse o director-geral da Polícia Nacional, Oscar Albayalde, numa conferência de imprensa em Jolo.
O novo nível de alerta significa que a polícia vai aumentar os pontos de controlo e colocará sob maior vigilância a proibição de usar armas de fogo durante o período eleitoral, que terminará com as eleições legislativas e municipais de 13 de Maio.
Albayalde informou ainda que o encerramento de Jolo e a restrição de movimentos no seu interior foram ordenados como estratégia para cercar os responsáveis pelo ataque, ao mesmo tempo que foi reforçado o destacamento de agentes da Polícia, das Forças Armadas e das Forças Especiais.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou o duplo atentado de domingo contra a catedral católica de Jolo, que causou pelo menos 20 mortos, segundo números de centro norte-americano que vigia as atividades do movimento jiadista (SITE). De acordo com o SITE, o grupo extremista difundiu um comunicado a relatar que dois homens suicidas explodiram duas bombas no interior da catedral e no parque de estacionamento.
O ataque, que envolveu ainda mais de 80 feridos, ocorreu uma semana depois de mais de dois milhões de filipinos da comunidade de maioria muçulmana no sul do país, onde se situa a ilha de Jolo, terem sido chamados a participar num referendo para tornar esta região mais autónoma e, assim, acabar com cinco décadas de conflito.
ZAP // Lusa