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Fica mais barato ter robôs a embalar batatas que aumentar salários na McDonalds

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Spyro1997 / DeviantArt, skynet_04 / Flickr

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A polémica declaração é de Ed Rensi, antigo presidente da multinacional de fast-food McDonald’s, e para já é “apenas um protesto”. Mas há quem esteja a testar a ideia.

Segundo Ed Rensi, “fica mais barato comprar robôs de 35.000 dólares do que contratar empregados, não tão eficientes, e pagar-lhes 15 euros por hora para embalar batatas fritas”.

A afirmação de Rensi surge na sequência da campanha em curso nos Estados Unidos para estabelecer o pagamento de um salário mínimo de 15 dólares por hora aos empregados da restauração fast-food.

Segundo a revista Forbes, Rensi clarificou que estas afirmações “eram um simples protesto, não propriamente uma linha de orientação” para uma nova estratégia neste sector da economia.

Mas uma tal nova estratégia, ainda segundo Rensi, poderá vir a envolver todas as áreas da economia americana que actualmente dão a emprego a trabalhadores “indiferenciados ou pouco qualificados”.

No actual paradigma, o ex-presidente da McDonald’s deixa no ar o alarme: no dia em que entrar em acção um verdadeiro exército de robôs, o desemprego poderá disparar.

Mas a McDonald’s não é a única empresa à procura de soluções neste capítulo.

Segundo diversos órgãos de informação na área de economia, várias cadeias de restaurantes estão a implementar soluções para fazer face à previsível subida do salário mínimo dos empregados ligados à restauração.

Entre estas empresas estão a Car’ls Jr., a Hardee’s e a Wendy’s, que estão a testar modelos de restaurantes em que os automatismos desempenhem a uma grande parte das funções actualmente desempenhadas por humanos.

Curiosamente, na China, dois dos restaurantes que contrataram robôs como empregados de mesa já encerraram – e um terceiro continua aberto, mas foi obrigado a despedir os seus robôs por “não saberem trabalhar”.

Entretanto, algumas destas experiências já chegaram mesmo a Portugal.

É o caso, na própria McDonald’s, dos postos de encomenda automática que a empresa já instalou em quase todos os restaurantes.

Para já, o sistema ainda requer mais funcionários no local a explicar como funciona, do que os que seriam necessários a atender os pedidos.

Mas tal será uma situação seguramente temporária, até ao dia em que nos habituemos a usar os enormes écrãs interactivos.

E nesse dia, mal nos lembraremos de que “antigamente” havia pessoas ao balcão a perguntar se queríamos ketchup.

ZAP / TCP

5 Comments

  1. Se fosse por mim, dispensava tudo quanto é pessoa, e acostumava os robôs a consumir (e pagar) essa maravilhosa comidinha de plástico que produzem.

  2. Ora nem mais…
    Mas infelizmente a grande, grande, maioria não passa duma carneirada…
    Se bem publicitada, até pagavam para comer merdda!!!

  3. Moral da historia, não contratam mais pessoas, compram-se máquinas, como as pessoas não tem emprego, não tem dinheiro para ir ao McDonald’s e as batatas fritas ficam para o Ed Rensi.

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