Este sábado, pelas 18h, um grupo de mais de 15 pessoas, na sua maioria mulheres, com a cara tapada, invadiu a Figaro’s Barbershop, em Lisboa, num protesto contra a política da barbearia que veda a entrada a mulheres.
A barbearia Figaro’s Barbershop, na baixa lisboeta, apresenta-se como um expaço exclusivo para homens e cães.
Os ativistas, homens e mulheres, com a cara tapada com lenços e máscaras de formas canídeas, entraram na loja situada na Rua do Alecrim, junto ao Cais do Sodré, a imitar o ladrar de cães.
No vídeo divulgado no blog do grupo feminista Interpolação, intitulado “Ninguém nasce cão”, é possível ver os funcionários da Figaro’s a tentar fechar a porta e expulsar os manifestantes.
“Uma loja que, na sua porta, adopta um discurso misógino, faz um gesto político: intervém no espaço público com uma narrativa de exclusão não muito diferente das lógicas segregacionistas que pensávamos terem ficado lá atrás, no passado”, lê-se no blog do grupo, que termina com o aviso “Mas isto é só o início.”
Os responsáveis da barbearia garantem que estas “provocações cobardes não farão com que a Figaro’s se desvie do conceito comercial que tem adoptado e que tem, felizmente, agradado ao público a que os serviços se destinam”.
Paulo Espírito Santo, funcionário da barbearia, responde ao DN que “os invasores não deixarão de ser responsabilizados em sede própria, tanto a nível penal como civil”.
ZAP
Ena pa! Acho muito bem! Se as esteticistas ja sao unisexo para os homens poderem rapar as pernas, acho bem que as mulheres possam entrar livremente nas barbearias para fazerem o buço e rapar o cabelo. Mais ainda, abaixo a discriminação dos veterinários! Tosquia para todos!
Oh pa, não gostam, não comam! Quem se manifesta desta forma, não tem mais nada para fazer. Há tanta miséria no mundo, há tanto a fazer por quem nos rodeia, deixem-se de querer problemas!
Estas feministas com tanta igualdade agora até têm barba! E os ditos homens desta manif pelo contrário já não a fazem, pois agora depilam-se totalmente e permanentemente nos salões de estética.
Porque não se manifestam pela discriminação sexual dos WC públicos?
Ou, pelos anúncios de trabalho nas obras?
E já agora, onde pára a liberdade de expressão? Isto é apenas uma ilustração cómica! Ou não perceberam isso?
Ah! Pois, isso é só para aqueles muçulmanos mauzões lá de fora, que este pessoal “civilizado” arrumou uma valente arruaça por causa de valores maiores e grandiosos.
Sem querer ser mauzinho, embora não se perceba lá muito bem a admissão de cães (barbear não é tosquiar), a palavra barbearia devia ser por si só suficientemente dissuasora para qualquer mulher. Afinal trata-se de fazer a barba. O mau gosto, por parte dos proprietários, é explicitamente interditarem o acesso a mulheres, o que torna o gesto ofensivo.