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Fecho das escolas apenas reduziu o contágio em 8%

Mário Cruz / Lusa

O fecho das escolas decretado em vários países, entre os quais Portugal, apenas contribuiu para uma redução de 8% de contágio da covid-19. A conclusão é de um estudo de investigadores suíços, que analisou um conjunto de 20 países.

A equipa de investigadores procurou perceber que redução do número de novos casos da doença pode ser atribuída a cada uma das medidas de confinamento impostas pelos países.O estudo intitulado “Impacto das intervenções não farmacêuticas nos casos detetados de covid-19” não foi revisto pelos pares.

Segundo o Jornal de Negócios, a medida que mais influenciou a redução do número de novos casos foi o encerramento de espaços de comércio, restauração e recreativos. Esta medida permitiu uma redução de 36% dos novos casos de coronavírus.

Com um sucesso semelhante, a proibição de ajuntamentos resultou numa redução de 34% dos novos casos nos países analisados, enquanto que o encerramento de fronteiras e a proibição de trabalho em funções não essenciais contribuíram para uma redução de 31%. Por sua vez, a proibição de eventos permitiu reduzir em 23% o número de novos casos.

As medidas menos eficientes no combate à propagação da doença foram o confinamento que proibiu a livre circulação de pessoas sem que estejam contaminadas e o encerramento das escolas.

No período da Páscoa e no fim de semana alargado do 1.º de Maio, o Governo português proibiu a saída do concelho, de forma a controlar a circulação de pessoas. Os investigadores helvéticos calculam que esta medida tenha contribuído para reduzir apenas 5% dos novos casos. Enquanto isso, a ordem do fecho das escolas levou à redução de 8% no número de novos casos de covid-19.

Os especialistas consideram que o encerramento das escolas não teve grande resultado, uma vez que acredita-se que a transmissão do novo coronavírus entre crianças é reduzida. Em Portugal, está previsto o regresso dos alunos de 11.º e 12.º anos às aulas presenciais a partir de 18 de maio.

ZAP //

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