O FC Porto conquistou esta terça-feira uma justa, mas difícil vitória (2-1) sobre o Chelsea, de José Mourinho, num emotivo jogo da segunda jornada do Grupo G da Liga dos Campeões em futebol com muito ‘dragão’ no segundo tempo.
André André (39) colocou os portistas na frente, Willian empatou de livre direto (45+2) e Maicon (52) recolocou os portistas na frente, numa etapa complementar em que o conjunto de Julen Lopetegui foi muito intenso e competitivo, pelo que podia ter dispensado a aflição dos últimos minutos, nos quais viu o árbitro perdoar-lhe um penalti.
O FC Porto, que celebrou da melhor forma o seu 122.º aniversário, soma agora 4 pontos, os mesmos do Dínamo de Kiev (frente ao qual empatou 2-2 fora, na estreia), enquanto o Chelsea, com 3 pontos, desceu da liderança do grupo para a 3ª posição.
O Maccabi Telavive, hoje derrotado na receção aos ucranianos por 2-0, continua a zero, no quarto lugar do grupo.
Lopetegui voltou a apostar num meio campo povoado, com quatro futebolistas que pouco diferem nas características – Danilo, Rúben Neves, Imbula e André André -, deixando o ataque apenas a cargo de Brahimi e Aboubakar, aparentemente pouco para quem, realmente, ambiciona vencer.
A troca do lateral esquerdo Miguel Layún (o único atleta de cariz defensivo nos suplentes), mais ofensivo, por Martins Indi reforçou a ideia, num sinal que parecia de excessivo respeito por uma equipa em crise em Inglaterra, com o 15.º lugar, após sete jornadas.
Contra um FC Porto de músculo, respondeu o Chelsea com maior criatividade, objetividade e rapidez de processos, com Casillas (06 e 13 minutos) a ter trabalho para segurar o ‘nulo’, ao negar o golo aos compatriotas Fabregas e Pedro, em situações passíveis de golo.
Com futebol mais previsível e perante adversário exímio a tapar espaços e em pressão alta, o FC Porto sentia muitas dificuldades para progredir com a bola controlada, pelo que Begovic tinha noite mais descansada e só aos 34 minutos viu Aboubakar ameaçar, mas o camaronês errou o alvo.
No melhor período dos ‘dragões’, Brahimi (39 minutos) furou por entre três adversários e permitiu a Begovic defesa vistosa, mas a bola sobrou para André André, que atirou para o fundo das redes.
A vantagem foi, porém, efémera, pois Willian, já na compensação (45+2), marcou livre de forma irrepreensível – Casillas não terá visto a bola partir e nem se mexeu -, restabelecendo a igualdade.
O FC Porto voltou ao jogo mais confiante e consistente e voltou ao comando em canto de Ruben Neves ao qual Maicon correspondeu com fuga em antecipação a Ramires, desviando de cabeça para golo.
Aos 54 minutos, Diego Costa, na quina esquerda da área, atirou em arco, mas Casillas foi salvo pela trave: na resposta, Brahimi, em posição privilegiada na área, não conseguiu vencer Ivanovic no ‘1×1’.
Insatisfeito pelo domínio portista, José Mourinho ousou mais no ataque – Obi Mikel (62 minutos), único médio verdadeiramente defensivo, deu lugar a Hazard -, mas os minutos seguintes foram de ‘fogo’ intenso sobre a área inglesa, com Imbula e Brahimi, em lances consecutivos, a por à prova a qualidade de Bregovic.
Mourinho ainda recuperou músculo com Matic e, em saída em falso de Casillas (74), num canto, Ivanovic, de cabeça, desperdiçou.
Empolgados, os ‘dragões’ continuavam claramente por cima do Chelsea e, aos 81 minutos, em mais um canto, Danilo cabeceou ao poste, ficando próximo de sentenciar.
Nos últimos cinto minutos, pressão intensa do Chelsea e em lance entre Diego Costa e Marcano (89), a bola e o braço do defesa encontraram-se e ficou um penalti por marcar.
ZAP / Lusa