Uma semana após ter batido o rival lisboeta por categórico 3-0, o FC Porto recebe esta quinta-feira, na 16.ª jornada da I Liga de futebol, uma equipa do Benfica ‘sobre brasas’ e sem treinador — sob o olhar interessado do campeão Sporting.
Os ‘leões’, que recebem esta quarta-feira o Portimonense, sexto classificado, partilham o comando da prova com os ‘dragões’, ambos com 41 pontos, e o estatuto de únicas equipas invictas. O Benfica segue no 3º lugar, com 37, e vai ao Dragão poucos dias depois da saída de Jorge Jesus do comando técnico da equipa.
Os ‘encarnados’ estão pressionados, não apenas pelo atraso na classificação, mas também pelo desfecho do confronto de quinta-feira passada, dos oitavos de final da Taça de Portugal, em que os ‘dragões’ marcaram três golos nos primeiros 30 minutos e resistiram durante toda a segunda parte em inferioridade numérica, sem dificuldade aparente.
A expulsão do avançado Evanilson, que tinha marcado dois golos, poderá ter impedido um resultado mais desnivelado, mas o ‘clássico’ deixou outras marcas severas no Benfica, com Otamendi a ser expulso perto do fim e a agravar os problemas no eixo da defesa, já debilitado pela ausência de Lucas Veríssimo até ao fim da época, devido a lesão.
A estas ausências soma-se a do lateral esquerdo catalão Grimaldo, que testou positivo à covid-19.
Mas a maior ausência no lado dos encarnados é mesmo Jorge Jesus, que esta terça-feira rescindiu contrato com o Benfica e já não orientou o treino da manhã.
O capitão Pizzi, que, segundo a imprensa desportiva, esteve na origem desta saída antecipada e foi mesmo afastado do plantel pelo ex-treinador encarnado, volta a estar disponível para jogar no Dragão, sob o comando do treinador da equipa B, Nelson Veríssimo, que vai orientar a equipa até ao fim da época.
Mas a presença de Veríssimo no banco encarnado durante o clássico do Dragão está também em dúvida, devido ao falecimento, esta terça-feira, da mãe.
No FC Porto, o possível regresso do central Pepe compensa a perda de Evanilson – mais facilmente substituível -, no segundo ‘clássico’ seguido no Estádio do Dragão, que encerra a última ronda de 2021 e recoloca frente a frente os treinadores Sérgio Conceição e Jorge Jesus, ausentes do último embate por estarem suspensos.
Ao contrário do que aconteceu no duelo da Taça de Portugal, os treinadores das duas equipas, Jorge Jesus e Sérgio Conceição já podem estar no banco de suplentes do Estádio do Dragão, depois de terminado o castigo de 15 dias aplicado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol aos dois técnicos.
No jogo da semana passada para a Taça de Portugal, as duas equipas foram orientadas no relvado por Vítor Bruno, adjunto de Sérgio Conceição no FC Porto, e João de Deus, número dois de Jorge Jesus na equipa técnica do Benfica.
Olhar atento do leão
O Sporting será um espetador muito interessado do ‘clássico’, apesar de só retirar dividendos do confronto entre os dois rivais na luta pelo título se confirmar o favoritismo na receção ao Portimonense.
A equipa lisboeta, que, tal como o adversário, se qualificou a semana passada para os quartos de final da Taça de Portugal, venceu todos os 18 encontros em que recebeu os algarvios para o campeonato, mas o Portimonense está a efetuar um percurso quase irrepreensível como visitante na I Liga.
O conjunto de Portimão venceu cinco dos sete jogos disputados fora de casa – um dos quais, por 1-0, em pleno Estádio da Luz — tendo sofrido uma única derrota, registo que apenas é superado pelos três ‘grandes’, ainda invictos fora de portas.
O treinador Rúben Amorim tem-se debatido com algumas ausências devido a infeções com o coronavírus – Tiago Tomás, Ricardo Esgaio e Ugarte seguiram-se aos já recuperados Coates e Paulinho -, tendo ainda outros jogadores a recuperar de lesão, como Porro, Feddal, Jovane Cabral e Rúben Vinagre — que pode no entanto estar de regresso aos relvados já no jogo desta quarta-feira.
ZAP // Lusa