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FC Porto, buscas, polícia: um Portugal “onde não gostamos de viver”

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José Coelho / Lusa

Jorge Nuno Pinto da Costa

Clube combinou com PSP o dia das buscas, para não estragar dia de jogo. “Quantas vezes é que isto acontece?”.

O FC Porto conseguiu combinar o dia em que iriam ser realizadas as buscas ao próprio FC Porto.

A revelação surgiu numa das várias escutas divulgadas nesta segunda-feira, neste caso entre o então ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e o juiz jubilado José Matos Fernandes.

O FC Porto terá conseguido alterar o dia das buscas da polícia, para não “estragar a festa” em dia de jogo (com o Liverpool). Essa combinação com a polícia terá surgido com influência da família Matos Fernandes.

“O país que sai daquilo que vamos sabendo não é um país onde nós gostamos de viver“, resume Paulo Ferreira.

O jornalista e comentador disse na rádio Observador que esta conversa é “impensável num estado de Direito”.

“Este nível de promiscuidade que certamente também envolve políticos e o Governo… É um esgoto a céu aberto, para ser simpático com as palavras”.

Paulo Ferreira espera que o processo do Ministério Público já esteja a chegar ao fim para perceber a origem e os envolvidos neste processo

Este é um “caso clássico” da Justiça que deve ser escrutinado. Até porque a dúvida alastra: “Quantas vezes é que isto acontece? Até que ponto as entidades judicias ou as polícias combinam procedimentos com os investigados?”, questiona.

Refira-se que, horas depois da divulgação desta notícia, a Polícia de Segurança Pública indicou em comunicado que nunca planeou o dia de buscas com o FC Porto – até porque nem era a responsável por essa investigação, por isso nem sabia da data das buscas no Dragão.

ZAP //

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2 Comments

  1. Que isto tudo está combinado, já se sabe há muito tempo basta ver os muitíssimos casos em que chegam primeiro as “televisões” do que as “policias”, o caso da Madeira é o mais gritante, etc.
    Parece que corre muito dinheiro entre “jornalistas”, “policias”…

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