Clube combinou com PSP o dia das buscas, para não estragar dia de jogo. “Quantas vezes é que isto acontece?”.
O FC Porto conseguiu combinar o dia em que iriam ser realizadas as buscas ao próprio FC Porto.
A revelação surgiu numa das várias escutas divulgadas nesta segunda-feira, neste caso entre o então ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e o juiz jubilado José Matos Fernandes.
O FC Porto terá conseguido alterar o dia das buscas da polícia, para não “estragar a festa” em dia de jogo (com o Liverpool). Essa combinação com a polícia terá surgido com influência da família Matos Fernandes.
“O país que sai daquilo que vamos sabendo não é um país onde nós gostamos de viver“, resume Paulo Ferreira.
O jornalista e comentador disse na rádio Observador que esta conversa é “impensável num estado de Direito”.
“Este nível de promiscuidade que certamente também envolve políticos e o Governo… É um esgoto a céu aberto, para ser simpático com as palavras”.
Paulo Ferreira espera que o processo do Ministério Público já esteja a chegar ao fim para perceber a origem e os envolvidos neste processo
Este é um “caso clássico” da Justiça que deve ser escrutinado. Até porque a dúvida alastra: “Quantas vezes é que isto acontece? Até que ponto as entidades judicias ou as polícias combinam procedimentos com os investigados?”, questiona.
Refira-se que, horas depois da divulgação desta notícia, a Polícia de Segurança Pública indicou em comunicado que nunca planeou o dia de buscas com o FC Porto – até porque nem era a responsável por essa investigação, por isso nem sabia da data das buscas no Dragão.
Que isto tudo está combinado, já se sabe há muito tempo basta ver os muitíssimos casos em que chegam primeiro as “televisões” do que as “policias”, o caso da Madeira é o mais gritante, etc.
Parece que corre muito dinheiro entre “jornalistas”, “policias”…
E falam eles de juízes no que toca a outros clubes… Hipocrisia?