O FC Barcelona vai avançar com uma redução salarial de todos os trabalhadores do clube, de forma a minimizar o impacto económico provocado pela pandemia da covid-19, anunciou esta quinta-feira o bicampeão espanhol de futebol.
“Perante o estado de emergência decretado em 14 de março, devido à crise de saúde pública originada pelo coronavírus, suspendemos toda a nossa atividade, desportiva e administrativa. Por isso, a direção decidiu implementar uma série de medidas para reduzir os efeitos económicos desta crise”, refere em comunicado o FC Barcelona.
Entre as medidas decididas pelos responsáveis do clube catalão, no qual alinha o futebolista internacional português Nélson Semedo, destaca-se a “adaptação das obrigações contratuais dos trabalhadores, tendo em conta as novas e temporárias circunstâncias” provocadas pela pandemia de covid-19.
“Trata-se de uma redução do valor da compensação diária atribuída aos trabalhadores e, por conseguinte, a redução proporcional da remuneração prevista nos respetivos contratos de trabalho”, acrescenta o clube da Catalunha, salientando que vai “obedecer escrupulosamente às normas vigentes na lei do trabalho”.
Os cortes salariais têm sido adotados por vários clubes das principais ligas europeias. Bayern de Munique já terá aceitado uma redução salarial, bem como o Schalke 04.
Em Portugal, estuda-se um cenário semelhante.
Espanha com o segundo maior n.º de mortes
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes devido à pandemia, registando 4.089 vítimas mortais, entre 56.188 casos de infeção confirmados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com quase 275.000 infetados e 16.000 mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até hoje.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 2 de abril, registaram-se 60 mortes e 3.544 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
ZAP // Lusa