A família real japonesa está a enfrentar uma crise demográfica e pode mesmo estar em risco de extinção. A impossibilidade de as mulheres terem acesso ao trono ou manterem os seus direitos quando se casam está a fazer com que uma crise de sucessão esteja para breve.
De acordo com a lei da Casa Imperial, que rege a sucessão dos imperadores, as mulheres não podem aceder ao trono e devem abdicar caso decidam casar com um plebeu.
Segundo o El País, dos 19 membros atuais da família real, apenas cinco são homens, incluindo o imperador Akihito, que irá abdicar do trono em abril do próximo ano. O seu sucessor direto é o filho mais velho, o príncipe Naruhito, de 58 anos, que tem apenas uma filha que, por lei, não poderá suceder-lhe ao trono.
A pessoas seguinte na linha de sucessão é o irmão do atual príncipe herdeiro, Fumihito, seguindo-se o filho, o pequeno Hisahito, de 11 anos, o único varão da família.
Há apenas cinco anos, o número de pessoas da família real japonesa era de 23. Esta mudança de cenário corresponde não apenas à morte de pessoas mais velhas, mas também à saída de muitas mulheres que abdicaram dos direitos de sucessão após o casamento.
Se todas as princesas da família casarem, Hisahito seria o único a poder assumir as funções da Família Imperial. Ele e a sua futura mulher teriam de suportar a carga de dar à luz um rapaz para, desta forma, dar continuidade à linhagem. No entanto, a opinião pública japonesa tende a preferir uma mudança mais abrangente: a mudança do papel das mulheres.
Ainda assim, o mais certo é que nada seja alterado num futuro próximo, na esperança de que Hisahito se case e consiga ter um filho varão.
Já ontem era tarde!…