A pandemia chegou e rapidamente afetou a economia mundial. Nem a Família Real inglesa foi exceção e também sofreu perdas avultadas. Segundo a AFP, as finanças da Rainha Isabel II registam perdas de 15 milhões de libras nos próximos três anos, cerca de 16,5 milhões de euros. A real casa britânica já garantiu que não irá recorrer a dinheiro público para equilibrar as contas.
O orçamento da casa real inglesa – que cobre os gastos oficiais da soberana e dos restantes membros da família real, bem como deve ser aplicado à manutenção dos palácios reais – foi de 82,4 milhões de libras (pouco mais de 90,2 milhões de euros) até março de 2020, de acordo com um relatório financeiro apresentado esta quinta-feira.
Contudo, foi justamente no mês de março, que a covid-19 se começou a fazer sentir na Europa, e foi nessa mesma altura que o Reino Unido impôs confinamento obrigatório devido ao risco de propagação na população. A decisão refletiu-se nas finanças reais, que ficaram sem as importantes receitas geradas pelas visitas turísticas aos palácios.
Apesar da suspensão da quarentena nos últimos meses, as medidas no Reino Unido estão cada vez mais apertadas devido ao aumento do número de casos, e por isso nem todas as instalações reais foram reabertas ao público, e as que foram não recebem o mesmo número de turistas a que estavam habituadas em outros tempos.
Perante este cenário, Michael Stevens, o tesoureiro da Rainha Isabel II, calculou que o orçamento da casa real sofrerá perdas de 15 milhões de libras nos próximos três anos (cerca de 16,5 milhões de euros).
Porém, Stevens deixou claro que, numa altura em que milhões de ingleses estão a sofrer com uma reduções abrupta dos seus rendimentos, ou até mesmo estão em situação de desemprego, a Casa Real não irá pedir aos contribuintes que façam esforços financeiros para cobrir o défice que se avizinha.
“Não temos a intenção de pedir financiamento adicional e tentaremos gerir o impacto através dos nossos próprios esforços”, garantiu Stevens.
A casa real britânica já congelou os salários dos seus funcionários, e garantiu que não vai realizar novas contratações, uma vez que “procura ativamente cortar gastos não essenciais”, revelou uma fonte na monarquia.
Coronavírus / Covid-19
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