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Faltam muitos (mesmo muitos) trabalhadores no turismo em Portugal

Mais estrangeiros visitaram o Portugal nos primeiros meses deste ano. 2023 deverá ser ano recorde mas falta mão-de-obra.

A pandemia abrandou a actividade turística em Portugal, por motivos óbvios, mas 2023 já está a ser um ano “normal”.

Aliás, poderá ser mesmo um ano recorde porque, entre Janeiro e Maio, houve mais estrangeiros a visitar Portugal do que o mesmo período de 2019 (o melhor ano até agora).

Em cinco meses houve 26,6 milhões de dormidas (+23,9%) e 10,7 milhões de hóspedes, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Mas falta mão-de-obra. A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) estima que faltem 45 mil trabalhadores no sector.

“Temos ainda mais dificuldade em responder a estas solicitações do que em 2022. Estamos com os quadros de pessoal muitíssimo esticados“, admitiu Cristina Siza Vieira, presidente da AHP, em declarações ao Dinheiro Vivo.

No fim do ano passado, alojamento, restauração e similares tinham 287 mil trabalhadores – menos 34 mil do que em 2019.

Há alguns postos onde tem sido mais difícil contratar: empregados de mesa, cozinha, limpeza, recepção e manutenção.

No global, defendem-se algumas medidas para tentar inverter este cenário: menos impostos, imigração organizada, formação e qualificação de excelência, aproximação da procura à oferta e valorização das profissões.

Do Algarve chega uma versão diferente: a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve não vê “grande falta de recursos humanos”. A situação “não é tão gritante”, comentou o seu presidente, Hélder Martins.

Foi precisamente no Algarve que se registaram aumentos nos salários, em média, entre 10% e 15%. E também, em alguns casos, oferecem-se férias para a família nos hotéis e viagens ao estrangeiro. O recrutamento acelerou a partir daí.

Há esperanças para o Verão deste ano. Mas tem-se registado um abrandamento: no mercado interno, na procura por parte dos portugueses.

ZAP //

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