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Já falta água em algumas torneiras no Algarve

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A seca alastra no nordeste algarvio e já há populações a serem abastecidas com autotanques. Na agricultura, as árvores secam e o gado não tem alimento.

A barragem de Odeleite, uma das principais barragens do Algarve que abastece a zona sotavento da região, está com 27% da sua capacidade máxima. Se o cenário alarma, consegue ser ainda pior na outra albufeira que abastece a região: a barragem de Odelouca encontra-se com apenas 22% do seu volume máximo.

Odeleite é uma albufeira que serve para abastecimento da população e para a agricultura e, segundo a Rádio TSF, o presidente da Cooperativa Agrícola e Rega de Odeleite nunca a viu assim. Como consequência da falta de água, as árvores estão a secar: as oliveiras já não dão azeitonas em condições e teme-se que não haja produção de azeite este ano.

Para consumo humano, a situação não é mais feliz. Mesmo que não chova, a empresa Águas do Algarve garante que haverá água para abastecer a população do Algarve até final do ano, mas a partir daí é uma incógnita.

De acordo com a TSF, nos montes do concelho de Castro Marim, onde os furos já secaram e onde ainda não chegou a água da barragem para abastecimento público, anda já um camião da Câmara Municipal com um autotanque para fornecer água às populações. À rádio, uma moradora contou que já não há água nas torneiras da sua casa. “Vou buscar água aquele depósito para beber”, disse.

A desertificação humana naquela zona é cada vez maior e é também um dos maiores problemas da região. Além disso, quem tem gado vive também tempos difíceis. Há até quem vá buscar água à barragem em autotanques para dar de beber aos animais.

Os habitantes do nordeste algarvio pedem soluções e defendem a construção de pequenas barragens para fazer face ao problema, naquela terra árida que a chuva teme em não molhar.

ZAP //

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4 Comments

  1. Os vizinhos espanhóis têm ao que consta várias dezenas de centrais dessalinizadoras prevendo certamente o futuro, quantas existem em Portugal? Será por falta de oceano à sua volta.

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