Falhas de comunicação dentro do Governo deixam Costa debaixo de fogo

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Nuno Veiga / Lusa

Em apenas cinco meses, o terceiro mandato de António Costa tem sido marcado por falhas de comunicação que, no entender dos governantes, poderiam ter sido evitadas.

O terceiro Governo liderado por António Costa tem sido marcado por várias falhas de comunicação internas, escreve o jornal Público.

Desde o despacho com a solução para o novo aeroporto que acabou revogado, à tentativa de contratação de um consultor para o Ministério das Finanças com um salário superior ao do ministro e para funções sobrepostas de uma entidade criada para o efeito, o Executivo tem revelado problemas de comunicação.

Comentadores e analistas têm atribuído estes erros ao cansaço do primeiro-ministro e a uma equipa pouco renovada. Ora, o Público realça que o verdadeiro problema está na “redefinição de ministérios e secretarias de Estado, na reformulação da orgânica do Governo e, em particular, na mudança do modus operandi da gestão comunicacional”.

Para o seu terceiro mandato, António Costa abdicou de um secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro. Para colmatar a ausência desta função, Costa foi buscar o ex-jornalista João Cepeda para diretor de comunicação do Executivo.

No entanto, Cepeda não conseguiu resolver os problemas de comunicação existentes, já que deixou de haver um governante com a responsabilidade de coordenar toda a comunicação ao nível governamental.

Ministros e secretários de Estado podem assim tender a desvalorizar o papel desempenhado por João Cepeda, equaciona o matutino.

Ainda segundo o Público, numa fase inicial persistia a dúvida sobre a quem os governantes deviam recorrer para tratar um tema que envolvesse questões diretamente relacionadas com a coordenação política do executivo, mas que também envolvessem a gestão da comunicação.

Não só nos media, mas também internamente, as falhas de comunicação têm deixado António Costa debaixo de fogo. Os restantes governantes mostram preocupação por se considerar que os erros podiam ter sido evitados ou mitigados com uma melhor gestão da informação.

ZAP //

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7 Comments

  1. O que está a vir ao de cima , após sete anos, é a falta de preparação do PM para este cargo. Até aqui a coisa ainda foi andando, camuflada com um ou outro ministro com mais calo, mas este governo atual é essencialmente constituído por pessoas com pouca experiência de vida e com um propósito essencial: baterem-se pelo lugar de sucessores a António Costa.

    • Não se trata de falha de comunicação. Trata-se de incompetência do… PSD que não vê jeito de se “chegar à frente” e tem de inventar narrativas em pés nem cabeça… O PSD tem é de mostrar que é mais competente que o PS, o que é difícil de fazer com este ex-ministro de Passos Coelho. A sombra de Passos Coelho, da miséria, do desemprego, do aumento do custo de vida, da abolição dos subsídios de Natal e de férias, do corte de salários, das taxas moderadoras e do custo exorbitante das ambulâncias, o desemprego jovem que atingiu 50%, da corrupção do Espírito Santo, do Banif, dos submarinos do Portas, do BPN e do Oliveira e Costa, do Arlindo Cunha, do Dias loureiro, do Duarte lima, do Isaltino Morais impedem que este Luis Montenegro, que integrou o Governo do Passos Coelho, tenha outras alternativas. Daí, a necessidade de inventar esta narrativa..
      O ridículo devia pagar imposto!

      • Só para lhe recordar que Passos Coelho teve que gerir o país com as regras que o FMI impôs quando chamado pelo governo PS de Sócrates, do qual António Costa foi ministro, e que deixou o país na bancarrota. Pois foi…

        • Essa memória está muito mal. Não foi o Sócrates que chamou a TROIKA, pois este apresentou o PEC IV para a TROIKA não vir e que foi chumbado por todos os Partidos
          E o grande obreiro que negociou com a TROIKA foi o CATROGA que até se gabou de ter ido além da TROIKA.
          Lembra-se?

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