Uma falha de energia eléctrica no Centro de Vacinação de São Cosme, em Famalicão, no distrito de Braga, levou à inutilização de 2400 vacinas. Um incidente que compromete a administração de doses no concelho numa altura em que a directora-geral de Saúde prevê uma “fase de abundância” de vacinas.
Esta falha eléctrica ocorreu “entre as 22:45 de ontem [terça-feira] e as 8:00 de hoje [quarta-feira]”, como explica o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, em declarações divulgadas pelo O Minho.
O incidente levou à “paragem do sistema de frio onde são guardadas” as doses e não foi detectada a tempo de evitar a perda das vacinas, como avança a Rádio local Cidade Hoje.
“Só ao início da manhã, quando tudo ia recomeçar, é que os serviços se aperceberam”, acrescenta Paulo Cunha em conferência de imprensa, lamentando que os seguranças contratados para fazer a vigilância, no exterior do Centro de Vacinação, não tenham autorização para entrar na área onde estão guardadas as vacinas.
Paulo Cunha reconhece que “há uma perda de capacidade de vacinação” que “terá como consequência o retardamento de algumas primeiras tomas”, mas nota que espera que “seja brevemente restabelecida”.
Uma fonte da Câmara de Vila Nova de Famalicão confirmou ao jornal Povo Famalicense que o incidente já motivou a abertura de um inquérito por parte da task force que coordena o Plano Nacional de Vacinação.
A Administração regional de Saúde ainda estará a tentar analisar se é possível utilizar as vacinas, procedendo a contactos com o Infarmed nesse sentido, de acordo com o que apurou o Jornal de Notícias.
As vacinas em causa deveriam ser aplicadas nesta semana, pelo que o Centro de Vacinação de São Cosme está, nesta altura, encerrado.
No último boletim da Direcção Geral de Saúde com a distribuição geográfica dos casos confirmados de covid-19, Famalicão surgia com 125 infectados, subindo, portanto, para um novo patamar de risco e aproximando-se dos valores de alerta máximo definidos pelo Governo.
Já foram inutilizadas 5 mil vacinas em todo o país
A propósito deste incidente, o coordenador da Task Force do Plano de Vacinação, o almirante Gouveia e Melo, salienta que “problemas num processo desta dimensão e com esta complexidade irão sempre acontecer”.
Gouveia e Melo sublinha que estarão em causa 2400 vacinas – “ainda não temos a certeza”, assume. Inicialmente, começou por apontar-se que estariam em causa 3500 doses de vacinas.
O Almirante diz ainda que, no todo do país, há uma “percentagem mínima” de vacinas que “estamos a perder”.
“Em quase três milhões de vacinas, todo o processo do frio, do transporte, da administração, dos erros, são cerca de cinco mil vacinas” que foram inutilizadas, reforça, notando que “conseguir fazer um processo com esta dimensão sem um único erro é impossível”.
“Muitas vezes não é negligência ou dolo, é porque houve acidentes”, repara, frisando que se trata de uma “percentagem mínima do que estamos a perder”.
“Entraremos agora na fase da abundância de vacinas”
Numa altura em que a primeira fase do Plano de Vacinação está “praticamente encerrada com êxito”, como salienta a directora-geral de Saúde, Graça Freitas, no balanço do processo, a segunda fase vai arrancar com maior disponibilidade de vacinas.
“Entraremos agora na chamada fase da abundância de vacinas“, prevê Graça Freitas, notando que “o sistema está a permitir o fornecimento de vacinas em quantidade maior do que aquela que existiu” na primeira fase.
Também a ministra da Saúde, Marta Temido, aponta que “vamos entrar numa fase de maior disponibilidade de vacinas”, realçando que “o principal desafio” vai ser, agora, garantir a “fluidez” e a “celeridade do processo de distribuição de vacinas”.
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Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga!
Caro leitor,
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
Continuo a não entender porque é que os Títulos de entrada em matéria de certos Artigos pecam por serem são tão disparatados ???…. “Falha de Luz” quando evidentemente, e de seguida formulado correctamente “falha de energia eléctrica” .
Caro leitor,
O espaço de ecrã disponível para levar ao título o essencial, e o tempo dos leitores, são escassos e preciosos. “Energia elétrica” tem 18 carateres, “luz” tem 3.
Entretanto, o seu comentário fez-nos também perder o nosso escasso tempo a responder-lhe, e si tempo a fazê-lo — tempo esse que poderia ter usado a reportar erros ou imprecisões com substância, se calhar até disparatados, em que ocasionalmente incorremos de facto.
A sua redacção tem as suas razões, o meu reparo e algum que já tive-se feito foram sempre sem “má” intenção. Por exemplo “falha eléctrica”, menos caracteres e mais correcto. Mas enfim …… é verdade que algumas Pessoas dizem “falhou-me a luz em casa” em vez de “falhou a electricidade” que é o correcto !….por aqui me fico !
Caro leitor,
Obrigado pelo seu esclarecimento.