Falências atingem mínimos da década devido aos apoios à covid-19

O número de empresas e famílias em processos de insolvência, falência ou recuperação contabilizou um total de  2476 casos no último trimestre do ano passado, uma diminuição de 9% face ao período homólogo de 2020.

Segundo avançou esta quarta-feira o Jornal de Notícias, citando dados do Ministério da Justiça, este foi o valor mais baixo da década, em consequência dos apoios proporcionados pelo Estado no âmbito da pandemia de covid-19.

Em 2021 foram declaradas 1991 insolvências, isto é, menos 5,4% face a 2020 e o valor mais baixo desde 2010 (1744).

“É normal que as insolvências das famílias não tenham aumentado ainda porque, durante quase dois anos, as moratórias permitiram amealhar alguma poupança que está a amortecer o atual aumento do custo de vida devido à inflação”, analisou a coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da Deco, Natália Nunes.

Contudo, alertou, o aumento da inflação e as perspetivas de subida das taxas de juro levam a antecipar problemas para as famílias no futuro próximo.

“Antecipamos problemas para os trabalhadores com salários mais baixos e os reformados que, com taxas de esforço já elevadas, podem não aguentar o aumento das prestações da casa. Mas as famílias tendem a demorar a chegar à insolvência, que é um último recurso”, sublinhou.

ZAP //

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