Mais uma falência no império Maló. Estética rendeu apenas 7600 euros para pagar dívidas de 290 mil

Malo Clinic / Facebook

O empresário e médico dentista Paulo Maló.

A Maló Esthetics, a empresa de estética do empresário Paulo Maló, dentista e fundador do Grupo Maló Clinic, conseguiu obter apenas 7.600 euros na venda, em leilão electrónico, dos seus únicos bens, depois de ter falido com uma dívida da ordem dos 290 mil euros.

O leilão electrónico foi realizado nesta segunda-feira, 8 de Fevereiro, conforme reporta o Jornal de Negócios, salientando que foram arrematados 32 bens, incluindo “aparelhos de remoção de pêlos ou de tratamento de celulite, uma cápsula de massagem, uma cabine de duche, dois computadores, um aquecedor de toalhas, duas caixas de luz, blocos de gavetas ou uma marquesa eléctrica”.

A venda dos 32 itens rendeu 7.600 euros, um valor acima do preço base de licitação.

A Maló Esthetics foi declarada insolvente, com dívidas da ordem dos 290 mil euros, tendo terminado, oficialmente, as suas operações em Novembro de 2019. Nessa altura, deixou de pagar aos funcionários que recorreram do pedido de insolvência.

A empresa de serviços de estética e beleza acumulou prejuízos de 260 mil euros entre 2016 e 2018, conforme reporta o Negócios.

Dos 290 mil euros de dívidas acumuladas até à insolvência, mais de 200 mil eram devidas ao Grupo Maló Clinic, de que fazia parte, e que foi adquirido pelo fundo de investimentos Atena.

Esse processo de aquisição foi feito no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) do Maló Clinic que permitiu obter um perdão de dívidas de mais de 40 milhões de euros, implicando perdas para o Estado português da ordem dos 30 milhões de euros.

Paulo Maló, que acumulou um império financeiro, com investimentos que vão do sector dentário e estético até aos vinhos, tentou atribuir responsabilidades pela falência da Maló Esthetics ao Atena.

Mas o administrador de insolvência não concordou, notando que foi “em Maio de 2019 que se verificou” o “abandono da gerência de direito da insolvente” quando esta era gerida por Paulo Maló, pela mulher e por um tio, como reporta o Negócios.

Antes disso, o empresário já se tinha insurgido contra a possibilidade de ter que responder financeiramente no âmbito das dívidas de 70 milhões de euros que o grupo acumulou.

 

ZAP //

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