O perdão de mais de 40 milhões de euros em dívidas do grupo de medicina dentária Maló Clinic, no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) que atravessa, implica perdas para o Estado português da ordem dos 30 milhões de euros.
As contas são feitas pelo Jornal de Notícias (JN) que constata que, “de forma directa ou indirecta”, os contribuintes portugueses arcam com cerca de 30 milhões de euros no âmbito do acordo alcançado com vista à recuperação financeira das clínicas Malo.
O PER reconheceu ao grupo dívidas da ordem dos 66,9 milhões de euros que, com os juros, ascendem a 70,8 milhões. Os credores reclamavam o pagamento de mais de 94,6 milhões de euros em dívidas.
O acordo alcançado com os credores determina que o grupo de clínicas dentárias pagará apenas 27 milhões de euros da dívida reconhecida ao longo de dez anos. E nos primeiros dois anos, não vai pagar um tostão, segundo apurou o JN.
O Novo Banco que foi alvo de recapitalização do Estado, é o principal credor do Malo Clinic e fica com perdas de 21,5 milhões de euros. O total da dívida ascendia a 56 milhões de euros, mas só vai recuperar 34,5 milhões nos próximos anos.
Já a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai perder montantes relativos ao Banco Nacional Ultramarino (BNU) e à Caixa Imobiliário. O BNU só vai recuperar 690 mil euros, contando perdas de 6,2 milhões. Já a Caixa Imobiliário fica sem 182 mil euros de uma dívida global de 202 mil euros.
O Instituto da Segurança Social (ISS) fica com perdas de 1,7 milhões de euros no âmbito de uma dívida total de 1,9 milhões de euros.
O JN repara que, ao contrário do Novo Banco, a CGD e o ISS foram classificados como “credores comuns”, o que determina que ficam com perdas de 90% das dívidas reconhecidas no PER.
Mais uma vez, o Estado (leia-se, contribuintes) a sustentar gordos privados!
É a magnifica gestão privada – mais uma vez!…
Magnifica gestão dos dinheiros públicos por parte deste Governo, porque sem a colaboração do governo ninguém consegue fazer uma gestão destas.
Mais um perdão de divida de 30 Milhões de Euros, estes perdões de divida já se tornaram um constante.
O pais a endividar-se e a perdoar divida a grandes empresas.
Os roubos ao Povo têm muitos nomes, derrapagens, buracos, perdões de divida, etc…
Desgoverno de ladrões a ajudar quem não sabe gerir as empresas à custa de todos nós…contribuintes…uma vergonha…mais uma
Privada e pública, gente séria está em vias de extinção!
Só a mim é que não perdoam nada. Se deixar de pagar a casa vou dormir para a rua, mas estes gatunos safam-se sempre. “Eles comem tudo e não deixam nada”
…..assim e fácil ser administrador, gestor, governante, industrial, empresario (qualquer tacho que envolva dinheiro muito)…..deve-se, mas não se paga, pois ficam os outros com o prejuízo, e…….justiça?? …..para que, não há!!
O estado devia obrigar este senhor a tratar dos dentes de muita gente que precisa de borla uma vez que não há dentistas no SNS por conta do perdão!
Anda por aí uma confusão enorme nos processos de falências. Quando uma empresa fecha por motivo de insolvabilidade o que acontece é que o seu património não é suficiente para pagar aos seus credores. Portanto, todos estes vão arder. No caso concreto do Estado, este até se defende bem, dado que passa à frente de todos os restantes credores e o património pessoal dos sócios pode ser chamado para repor dívidas à AT e SEG. SOC. Assim é normal que os bancos, tais como os fornecedores e outros quaisquer credores fiquem a arder. Deveriam ter tido mais cuidado na hora de dar crédito a essas empresas. Não o fizeram, logo o dano é praticamente irreversível. No caso dos bancos a situação é mais grave porque investem o nosso dinheiro. Logo as operações de crédito deveriam ser muito escrutinadas. Sabemos que no caso da CGD durante muitos anos o dinheiro ia para amigos, para exercer pressão sobre os media, para controlar grupos de opinião, etc. É por essas e por outras que para mim a CGD não deveria ser pública.
Tudo isto é uma má gestão quer dos administradores da clínica quer dos Bancos e do próprio Estado, tanta opulência por parte de quem dirige a clínica para no fundo viver à custa do contribuinte e arruinar outras empresas, não percebo também como é permitido chegar a um estado destes sem que não haja uma fiscalização atenta e como se continua a meter-lhe dinheiro aos milhões na mão.
too big to fail…cá do burgo!
uma vez tendo começado esta calamidade com a treta que estavam a “proteger” o sistema financeiro há anos atrás, nunca mais terá fim.
e nós todos, simples cidadãos, pagamos.
mas pelo menos a grande maioria poderia deixar de brincar às pseudo-democracias e recusarem-se a votar, deixando assim de legitimar esta palhaçada.
Má gestão, onde ?!!!! Isto é gestão top, um perdão de tantos milhões só mesmo com gestores de topo. Se pensam que esta gestão foi descuidada e incompetente estão muito enganados, pois se assim fosse, já teriam rolado cabeças e já tinha-mos assistido a detenções por gestão danosa e desvio de fundos, viram alguma coisa dessas? Eu não vi! Portanto resta-me concluir que esta, é gestão topo de gama apoiada em alicerces bem estruturados, cujo propósito final foi mais do que planeado e às vítimas, resta apenas assistir incrédulamente e com as mãos na cabeça a pensar no que raio se acabou de passar. Não é por acaso que este tipo de noticias nos têm chegado diariamente, sempre sem culpados nem punidos. Nem punidos entre aspas, os punidos somos sempre nós, que pensamos que somos apenas espectadores deste triste circo, mas afinal remetem-nos sempre a conta para pagar.